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Permanência estudantil
A elitização das universidades e a juventude precarizada no Brasil de Bolsonaro
Giovana Pozzi
Estudante de história na UFRGS
Steffany Oliveira

A crise capitalista se aprofunda e explode de inúmeras maneiras na juventude. Particularmente a juventude negra e trabalhadora vem sendo arrastada à precarização, sem direito à educação, situação que se agrava no Brasil do golpe institucional e de Bolsonaro e Mourão.

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No último período, vimos crescer a porcentagem de jovens negros dentro das universidades, o que aconteceu principalmente por conta da conquista da lei de cotas aprovada em 2012, fruto de muita luta do movimento negro e dos estudantes.

Essa entrada não se deu sem contradições, já que os governos e as reitorias não propiciaram assistência estudantil adequada para a garantir a permanência de uma juventude que precisa trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Além disso, a maior parcela da juventude ainda assim seguiu de fora do ensino superior público. Agora, especialmente desde o golpe de 2016, as universidades vêm sofrendo um aprofundamento da elitização e precarização.

A população negra são maioria nas áreas periféricas e com o ensino educacional precário, por isso, por mais que exista o sistema de cotas, não há garantia de sua entrada no espaço da universidade pública. Isso porque a existência dos vestibulares e o próprio ENEM funcionam como filtros sociais e raciais, que impedem anualmente a entrada massiva da juventude negra e trabalhadora. Essas provas inclusive aumentaram absurdamente seu nível de dificuldade após a aprovação das cotas, demostrando assim que se a sociedade burguesa se vê obrigada a responder minimamente as demandas de nossa luta, não é capaz de concretizá-las. Essa tarefa cabe a nós, jovens e trabalhadores, em luta e organizados para lutar pela real democratização do acesso e permanência na universidade pública.

Além da dificuldade que é para ingressar nas universidades, obter a permanência é ainda mais difícil. Com a pandemia, muitos dos estudantes se viram obrigados a deixar seus cursos sem concluir, esses em sua maioria negros, pois o sistema capitalista faz os jovens terem que escolher entre comer ou continuar estudando. O não-pagamento das bolsas PIBID e RP, por exemplo, fazem parte dessas dificuldades de permanência. Tudo isso mostra que a crise capitalista vem se arrastando e o governo de Bolsonaro e Mourão se aproveita desse momento para reduzir os gastos e aumentar a exploração, fazendo com que a juventude seja a mão de obra barata.

Leia mais: Por que o PIBID e a Residência Pedagógica foram atacados?

É preciso dar um basta nessa situação. Desde já precisamos nos organizar em cada Universidade do país para fortalecer a luta em defesa das cotas, que serão revisadas no próximo ano, e em defesa do direito de todo jovem estudar, lutando por assistência estudantil digna e pelo fim do vestibular! Fora Bolsonaro e Mourão!

Venha debater essas ideias e muito mais no Encontro Nacional de Juventude: "Ideias trotskistas para revolucionar o mundo" nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, no Rio de Janeiro. Pelo nosso direito de estudar e viver plenamente sem exploração e opressão!

 
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