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37 servidores já saíram
Além do ENEM, crise no Inep pode afetar distribuição de merenda, livros e salários de professor
Júlio Dandão

Às vésperas da realização do Enem 2021, 37 servidores saíram do Inep devido à gestão bolsonarista.

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A crise no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais não se restringe ao Enem – distribuição de merendas e livros didáticos, pagamento do salário dos professores e outras coisas são feitos graças aos dados levantados pelo Inep.

Com perdão do trocadilho, a inépcia do governo Bolsonaro frente à educação está levando à maior crise do Instituto dos últimos tempos. A bem dizer, inépcia no Inep é eufemismo. O governo Bolsonaro está, há três anos, destruindo a educação pública no Brasil e a debandada generalizada no Inep é uma ponta disso.

Os 37 servidores que saíram do Instituto denunciaram assédio moral e ingerência do presidente do órgão. Essa crise afeta muito além do Enem, apesar desse ser o mais conhecido. O Inep também organiza o importante Censo da Educação Básica todos os anos, fundamental para permitir o cálculo de verbas repassadas ao ensino público.

Por exemplo, é o Inep que reúne dados de escolas de todo o país para sabermos quantos estudantes temos em cada escola, dado básico para distribuir os fundos do Fundeb e financiar a educação. Essa verba paga salário, merenda, livros escolares, manutenção de infra-estrutura, equipamentos, etc.

  •  Leia mais: Servidores do INEP relatam caça às bruxas desde o início do governo Bolsonaro

    É graças ao Censo, ameaçado pela crise, que sabemos quantos professores e funcionários possuímos em cada escola do país. Esses números são essenciais para distribuir a verba necessária para pagar os educadores em dia. Não bastasse a precarização da escola pública há anos no Brasil, a situação parece piorar a cada dia.

    Provas como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) também contam com o Inep e está passando por crise no último período (com várias cidades sem receber a prova até o momento). Ela dá base para a criação do Ideb, por exemplo, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

    Ainda estamos por ver os efeitos essa crise instaurada, mas de modo geral os sucessivos ministros da educação de Bolsonaro se empenharam em destruir a educação pública em todos os níveis. Do asno Weintraub até o pastor evangélico militar reacionário e insosso Milton Ribeiro, a disputa por quem destrói mais a educação está em aberto.

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