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#ForaBolsonaroeMourãoRacistas
20N: Basta de chacinas, fila do osso e precarização. Que os capitalistas paguem pela crise.
Pão e Rosas
@Pao_e_Rosas
Quilombo Vermelho

Frente a situação de miséria que se encontra os trabalhadores, recorrendo a fila do osso ou do lixo para não morrer de fome, a população que compõem mais da metade do país, sofre ainda mais com essa situação. Por isso nesse 20N dizemos: Fora Bolsonaro e Mourão racistas.

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A fome e a miséria são a realidade de milhões de famílias brasileiras que foram golpeadas pela pandemia, pelo desemprego, pela precarização da vida imposta por governos ajustadores. São 15 milhões de desempregados em nosso país, 30 milhões de pessoas que vivem com até um salário mínimo, entre essas milhões de pessoas, 20 milhões são negros e negras.

Nas casas dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras falta comida e por isso já é parte do cotidiano no Brasil do Bolsonaro vermos as pessoas na fila do osso, comendo lixo, pedindo comida aos gritos nas janelas dos prédios de classe média na capital federal. O racismo latente em nosso país, mostra a cada dia sua forma mais brutal, com a diferença salarial entre brancos e negros ainda maior com a crise e ajustes, chegando ao descalabro quando se trata das mulheres negras que receberem 159% a menos que os homens brancos quando analisamos os salários entre trabalhadores com ensino superior.

Com a enorme inflação, vemos todos os dias o aumento no preço dos alimentos, no gás de cozinha, na conta de luz e de água. Entre a juventude pobre e negra, milhões abandonaram a escola em todo o país para assumir postos de trabalho precários e com salários miseráveis, é comum vermos nas ruas das grandes capitais, meninos e meninas carregando na bag um lanche que nunca terão possibilidade de comer.

Além da fome e da carestia de vida, a violência policial é um drama real, que arranca a vida de negros e negras todos os dias, 78% dos assassinados pela polícia são jovens e negros. Não podemos alimentar ilusão nessa justiça racista que dá voz de prisão para mulheres negras esfomeadas, que legitima a violência policial contra mães com seus filhos no colo e que mantém milhares de negros e negras presos sem nenhum tipo de julgamento.

Neste 20 de novembro, nossa luta deve ser pela unidade do povo negro, aos trablhadores e trabalhadoras brancos, à juventude, à comunidade LGBT, Às mulheres, para lutar pelo “fora Bolsonaro e Mourão racistas”. Lutamos pelo fim da violência policial, por reajuste salarial automático de acordo com o aumento do custo de vida, por igualdade salarial entre brancos e negros.

Nosso combate contra Bolsonaro e Mourão, que destilam sempre que podem seu ódio contra os negros e negras, não pode esconder que é preciso enfrentar o conjunto desse regime político degradado, que está unificado para seguir atacando as nossas condições de vida. Nossa luta deve ser em busca de uma saída independente para as nossas aspirações sem depositar nenhuma confiança em prefeitos e governadores que se colocam contra Bolsonaro, mas que estão juntos para seguir aplicando reformas que degradam a cada dia nossas condições de vida.

Por tudo isso, não podemos confiar nossas forças na unidade com a direita, ou seja, com parte dos que atuam para descarregar a crise em nossas costas e por isso não podemos subordinar nossas demandas urgentes à política de Lula e do PT que querem canalizar todo descontentamento social para a via eleitoral daqui há um ano, contando com as grandes centrais sindicais para esse objetivo. Dessa maneira tiram dos trabalhadores, mulheres, negros e juventude a compreensão de que somente a sua luta irá derrotar Bolsonaro. Enquanto isso buscam a conformação de uma frente ampla com partidos patronais e ajustadores, desmarcando o último ato do ano contra Bolsonaro, a CUT e a CTB seguem atuando para frear nossa luta, com uma política permanente de isolar as lutas e greves que acontecem no país.

A unidade do povo negro com os trabalhadores e o conjunto dos oprimidos deve se inspirar na experiência de luta de Zumbi dos Palmares, Dandara e tantos e tantas outras escravizadas que deram suas vidas na luta pela liberdade e contra o regime escravista, bem como nas lutas operárias nacionais e internacional, e por isso devemos ir às ruas pelo Brasil inteiro para impor que os capitalistas paguem pela crise. Ao mesmo tempo não devemos cair nas políticas que levariam somente a salvar esse regime podre: não se trata de mudar os jogadores, é preciso mudar as regras do jogo lutando por Fora Bolsonaro e Mourão na defesa de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta que possa levar adiante as verdadeiras demandas das massas exploradas no Brasil o que vai exigir avançar na auto-organização para enfrentar toda a reação do estado capitalista, abrindo espaço para uma saída realmente revolucionária e socialista.

Nós do Pão e Rosas e Quilombo Vermelho chamamos a todos e todas a estarem nas ruas nesse 20 de novembro, lutando contra a extrema direita e buscando uma saída independente dos governos e patrões. Basta de chacina, fila do osso e precarização.

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