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Perseguição política
Dois militantes argentinos foram presos por se mobilizarem contra a Reforma da Previdência de Macri
La Izquierda Diario - Argentina

César Arakaki e Daniel Ruiz, militantes de esquerda, foram condenados a, respectivamente, três anos e quatro meses e três anos de prisão. Ambos foram processados por participar das mobilizações massivas contra a reforma da previdência impulsionada por Macri e apoiada por setores do peronismo. A criminalização dos protestos aparece mais uma vez na história da Argentina: é preciso redobrar a luta contra essa perseguição política.

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Nesta segunda-feira (08/11), o juiz Javier Ríos, sentenciou a sentença contra Daniel Arakak e Daniel Ruiz, militantes do Partido Obrero e do PSTU, respectivamente. Depois de quase dois anos de processo judicial, Arakaki foi condenado a três anos e quatro meses e Ruiz a três anos. Os dois são considerados coautores de “ (causar) lesões por agressão, intimidação pública e atentado contra a autoridade agravado por ter sido cometido conjuntamente com mais três pessoas”

Os casos contra Arakaki e Ruiz são um atentado escandaloso contra as liberdades democráticas, em um caso montado contra dois militantes de Esquerda como parte de uma perseguição política mais ampla. Dessa mesma perseguição Sebastián Romero é vitima. O militante do PSTU hoje se encontra cumprindo prisão domiciliar. Em tempos de ajuste fiscal e acordo com o FMI, as condenações buscam intimidar e disciplinar todos os lutadores. É necessário redobrar a luta contra esta resolução judicial.

Os depoimentos prestados no julgamento contra ambos os militantes foram feitos por policiais, ou seja, os que executaram a brutal repressão ordenada pelo poder político, cujo saldo foi dezenas de trabalhadoras e trabalhadores feridos. Alguns inclusive perderam parcial ou totalmente a visão ao serem atingidos por balas de borracha.

Na porta do tribunal, previamente ao veredito, foi realizado um ato em apoio a Ruiz (que ficou mais de um ano preso preventivamente) e Arakaki, com a exigência de absolvição para ambos e para Sebastián Romero, que se encontra em prisão domiciliar e também luta pela liberdade.

No ato estiveram presentes dirigentes e militantes do Partido Obrero, do PSTU, do PTS (partido irmão do MRT na Argentina), da Izquierda Socialista, do MST, do MTR, da Frente Popular Darío Santillan, da Izquierda Latinoamérica, do PSL, da Convergencia Socialista e da Democracia Obrera. O sindicato de docentes da Universidade de Buenos Aires também enviou uma delegação.

Como é de conhecimento público, a reforma da previdência só conseguiu ser implementada quando a votação no congresso foi garantida por uma repressão brutal ordenada pelo Governo de Macri e Patricia Bullrich. Apesar do rechaço massino nas ruas (cerca de 100 mil pessoas estiveram nas ruas para lutar contra a reforma) ela acabou sendo aprovada, com votos de um importante setor do peronismo.

 
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