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Desastre de Mariana
Seis anos da tragédia de Mariana: Impunidade, miséria, morte e o lucro dos capitalistas
Redação

Nesta sexta-feira (5), completam seis anos da tragédia de Mariana, a face mais cruel e mais ilustrativa de como o capitalismo lucra com a morte e a miséria do povo, bem como a destruição ambiental, tudo pelo bolso do empresariado

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Foto: Antonio Cruz/ABr

No dia de hoje fecham-se 6 anos desde aquele 5 de novembro de 2015, quando a notícia do rompimento da barragem de “Fundão”, barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco, controlada pela Vale com a BHP Billiton, chocou o país e o mundo, resultando em uma tragédia que “soterrou” o subdistrito de Bento Rodrigues, causando o maior impacto ambiental da história do país, com 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos despejados, chegando até ao rio Doce, contaminando bacia hidrográfica que abrange 230 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos desses que abastecem a água da população com o rio.

Após isso, a lama tóxica ainda chegaria no mar, alastrando-se por dezenas de quilômetros e afetando milhares de espécies da fauna e flora marinha da região, incluindo até mesmo a Reserva Biológica de Comboios que protege o único ponto regular de desova da tartaruga-de-couro.

Na tragédia, foram contabilizadas 19 mortes, além de um prejuízo de infraestrutura para os moradores da região estimado em cem milhões de reais (na época), mais de 4 vezes o valor que o próprio município recebeu em royalties pela exploração dos empresários na região. Centenas de famílias ficaram desabrigadas da noite pro dia.

E o que aconteceu com as empresas responsáveis por essa atrocidade capitalista generalizada? lucraram! enquanto a própria Samarco, no período anterior à tragédia, havia lucrado nada mais nada menos do que um caixa de R$ 13 bilhões. Após o rompimento da barragem, as famílias não receberam seus direitos imediatamente, passando por momentos de dificuldade extrema e luto pelas mortes e destruição, com a empresa dificultando a liberação dos valores que não representavam uma fração dos lucros que obtiveram sob a morte e a miséria das pessoas. Seis anos se passaram e famílias ainda lutam para obter suas moradias de volta.

Veja também: DESASTRE DE MARIANA - Juiz e Fundação Renova ameaçam famílias que lutam por direitos após desastre de Mariana

A Samarco retomou sua licença em 2020, voltando a lucrar com mais exploração, após toda a destruição que causaram, mesmo após mais um rompimento de barragem, após Mariana, em Brumadinho, que também era controlada pela Vale.

Hoje o povo amarga seis anos de impunidade, luto e miséria, enquanto a Samarco volta a ter lucros recordes com a arrecadação de minério na região. A história da maior tragédia ambiental do país demonstra claramente que a maior tragédia geral é o capitalismo que lucra com a morte e o sofrimento do povo.

 
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