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Lula cogita fazer chapa com o golpista e neoliberal Geraldo Alckmin para 2022
Júlio Dandão

Lula o quer como vice pelo PSD, mas pode ser pelo PSB também, cujas lideranças estão costurando aliança. O recado é claro: Lula quer governar com a direita, conservar a obra econômica do golpe e administrar o regime político com os neoliberais de plantão.

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Geraldo Alckmin, mais conhecido como picolé de chuchu, está de saída do PSDB. Com o crescimento de João Dória dentro do partido, alguns setores vem perdendo força, como o próprio ex-governador que agora flerta com partidos como PSD, de Kassab, ou PSB, de Márcio França. O tucano busca outros voos em outros partidos golpistas.

Ainda é incerto para onde vai e as eleições para o governo de São Paulo em grande medida são determinantes, pois caso Doria tente uma reeleição, fica mais difícil para Alckmin poder se reeleger no estado.

Em meio às disputas paulistas, as tratativas para 2022 começam a se esquentar. Nos últimos dois dias, inúmeras matérias saíram na grande mídia atestando a vontade de Lula em ter o picolé de chuchu como vice, sem que nenhum dirigente do PT, ou mesmo Lula, desmentisse. O fato é quente.

Lula já vem buscando setores de direita há tempos. Sua caranava pelo nordeste contou com encontros com homens do calibre de Eunício de Oliveira (MDB), José Sarney (MDB) e Tasso Jereissati (PSDB). Ou seja, um bocado da nata do golpismo de 2016 e das oligarquias dos ‘coroné’ que Lula perdoou e quer compor governo em 2022.

  •  Leia mais: O futuro de Lula no espelho de Alberto Fernandez, presidente da Argentina

    Agora os voos de conciliação se encontraram com tucanos voando por aí, como Geraldo Alckmin. O homem é responsável por governar o estado de São Paulo com escândalos de corrupção da merenda ao propinoduto, por defender “privatizar tudo que puder” em 2018, por uma lista sem tamanho de maldades e ataques à população paulista durante seus anos de reinado. Mais sujo do que o Tietê, o pindamonhagabense ficou 15 desgraçados anos governando São Paulo.

    A disputa de governador mais odiado de São Paulo é acirrada, mas Alckmin certamente é um dos preferiti. Já demitiu milhares de professores contratados, tentou privatizar escolas, aplicou a maldita reorganização escolar (que foi precursora da reforma do ensino médio), aplicou bonificações ao invés de aumento… enfim, uma lista de motivos justíssimos para não depositar nem um pingo de confiança no maldito médico de Pindamonhangaba.

    Ao que tudo indica, Lula o quer como vice pelo PSD, um partido identificado mais à direita do que o PSB. Se Alckmin quer o mesmo, daí já é outra história. Mas ambos, PSB e PSD, votaram a favor do impeachment da Dilma, ambos golpistas cujos parlamentares vêm aprovando reformas neoliberais e privatizações nos últimos anos. O aceno é claro: Lula quer governar com a direita, conservar a obra econômica do golpe e administrar esse regime golpista concedendo-lhe estabilidade a fim de não mexer em suas estruturas.

    Alianças desse tipo repetem os passos que nos levaram a 2016, ao golpe e ao buraco em que estamos. Alckmin é representante dos ataques que Bolsonaro está aplicando nesse momento, das reformas neoliberais às privatizações.

    Como diz a sabedoria popular, quem dorme com cachorro acorda cheio de pulgas. E quem dorme com cachorros do Tietê, acorda como?

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