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Assembleia do CCHLA-UFRN aprova chamado a ato pelo pagamento das bolsas PIBID e RP em Natal
Redação Esquerda Diário Nordeste

Nessa quinta-feira, 28, os centros acadêmicos do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes organizaram uma assembleia geral dos cursos para debater o atraso no pagamento das bolsas PIBID e Residência Pedagógica. Dezenas de estudantes debateram essa situação de enorme descaso com a permanência e a vida dos alunos, sendo que muitos dependem da miserável bolsa de R$ 400,00, que não tem reajuste desde 2012, para pagar suas contas.

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No início da assembleia, os estudantes foram informados da aprovação da PL/17 em Comissão da Câmara de Deputados, que garante a verba para pagamento das bolsas atrasadas de setembro, e que irá apenas para a votação no plenário 13 de novembro. Ou seja, que os estudantes terão mais de um mês de atraso no pagamento, e sequer tem como saber como vão se manter nos próximos meses.

Durante a discussão, bolsistas deram depoimentos sobre a situação que estão passando de necessidade, com colegas decidindo abrir mão do programa para buscar outra forma de renda. Também falou uma estudante que foi bolsista PET (Programa Educação Tutorial) que relatou os atrasos no pagamento desde agosto, com estudantes há dois meses sem receber, uma bolsa paga diretamente pelo FNDE. Demonstrações de como o governo Bolsonaro e Mourão trabalha junto ao Congresso para desmantelar as políticas de formação docente, a ciência e a permanência dos estudantes que mais precisam na universidade, favorecendo os monopólios privados de ensino.

Diante disso, os estudantes deliberam por uma manifestação com intervenção visual no dia 04 de novembro, chamando ao DCE e demais centros acadêmicos da UFRN a se somarem, para denunciar o atraso no pagamento das bolsas em diálogo com a população. Inclusive, fazer intervenções em apoio à greve dos trabalhadores da saúde o RN, que reivindica reajuste de salários, assim como convocar à manifestação pelo Fora Bolsonaro no dia 15 de Novembro. Confira ao final do texto o conjunto das resoluções.

Emily Vitória, coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Sociais – Marielle Franco, e militante da juventude Faísca, declarou ao Esquerda Diário: “A realização dessa assembleia e o chamado ao ato unificado para lutar pelo pagamento das bolsas são medidas muito importantes no sentido de fortalecer a auto-organização dos cursos para unificar os estudantes bolsistas, não bolsistas e estagiários em uma só luta pela permanência contra os ataques a educação do governo Bolsonaro. É muito importante que a gente vá até o Via Direta pendurar uma faixa denunciando o atraso das bolsas, dialogando com a população que está passando também por muitas dificuldades com o aumento no custo de vida, na fila do lixo e do osso, e apoiando a luta na saúde, por que é necessário unificar a luta dos estudantes com dos trabalhadores e do conjunto da população para conter hoje cada um dos ataques estamos passando".

Sobre a como impulsionar a mobilização do pagamento das bolsas, completou dizendo “A votação do PL/17 só no dia 13 de novembro mostra que não dá pra confiar nesse Congresso para darmos uma resposta, mas na força da nossa mobilização, pois até agora os bolsistas não sabem sequer se vão receber os próximos meses. Essa unidade é necessária para darmos uma resposta independente também do Congresso, do STF e da mídia que se faz de opositora ao governo pra construir uma terceira via nas eleições, mas estão unidos para aprovar junto aos ataques ao futuro da juventude e a classe trabalhadora.. A força da nossa mobilização na UFRN é fundamental, por isso é muito importante que o DCE e demais CAs, em especial os que são dirigidos pela Oposição de Esquerda da UNE, atendam ao chamado dos estudantes do CCHLA e convoquem essa luta com todas as suas energias. Inclusive para poder dar um exemplo de unidade frente ao papel que cumpre a majoritária da UNE, dirigida pela UJS, que enquanto senta com parlamentares, desarticula as entidades que dirige e não convoca assembleias de base para unificar o conjunto dos estudantes nessa luta. Faz isso junto aos sindicatos da CUT e CTB, que querem transformar a manifestação do dia 15 de Novembro em uma reunião de cúpula, canalizando a nossa revolta para o voto no Lula em 2022, deixando os ataques, como os da educação, passarem. A força da nossa mobilização pode e deve impor o pagamento imediato e os recursos necessários para que nenhum bolsista, pesquisador ou trabalhador, fique sem sua fonte de renda, e possa inclusive garantir um reajuste de acordo com as perdas da inflação, que no caso da CAPES e CNPq é desde 2012 que não tem aumento. Além disso, a reitoria que diz se opor ao atraso das bolsas, deve então garantir as condições para que os alunos, professores, técnico-administrativos e também as trabalhadoras terceirizadas tenham pleno direito de se organizar para defender a educação ao lado dos estudantes, com liberação remunerada e todas as condições necessárias para se reunir e deliberar sobre sua mobilização”

 
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