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Homofobia
Clã Bolsonaro sai em defesa do jogador homofóbico Maurício Souza
Gabriela Mueller
Estudante de História da UFRGS

Depois do Pai, Jair Bolsonaro, dizer ironicamente que “tudo é homofobia”, Flávio Bolsonaro (republicanos) saiu em defesa da homofobia do jogador Maurício Souza, que foi expulso do Minas Tenis Clube por declarações homofóbicas. O filho de Bolsonaro ainda endossou um boicote às empresas Gerdau e Fiat, que demagogicamente retiraram seu patrocínio ao jogador.

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Imagem: Reprodução Instagram

Antes mesmo da decisão de demissão do atleta Maurício Souza, do Minas Tênis Clube, que foi afastado por sua manifestação homofóbica, Bolsonaro buscou sair em defesa do jogador, que por sinal é seu apoiador, dizendo “Impressionante, né? Tudo é homofobia, tudo é feminismo”, endossando a lista de absurdo que ele diz, sobretudo nos temas de gênero, sexualidade e racismo.

Veja mais em: Maurício Souza é afastado do Minas Tênis Clube após publicações homofóbicas em redes sociais

Para também fortalecer o discurso abertamente homofóbico do pai, Flavio Bolsonaro também saiu fortemente em defesa de Mauricio. Em seu instagram, chamou um boicote à Gerdau e Fiat, empresas patrocinadoras que pressionaram pela demissão de Maurício.

"Não compre produtos da Fiat e da Gerdau, são contra a liberdade de opinião! Estes patrocinadores do vôlei do Minas Tênis Clube são os responsáveis pela perseguição ao grande Maurício Souza! Comer o pão que o diabo amassou pra vencer na vida, pelos próprios méritos, não vale nada para esses patrocinadores”, escreveu o senador no perfil do atleta.

“Toda minha solidariedade a você, Maurício! Não vai faltar time querendo seu talento e respeitando suas opiniões", disse o filho do presidente.

Um absurdo sem tamanho, que só escancara o papel ativo do clã Bolsonaro em fortalecer a realidade lgbtfóbica no país que mais mata transexuais no mundo. Ao mesmo tempo que mostra a demagogia das empresas que dizem estar ao lado da luta contra a lgbtfobia, mas que não só seguiram anos em silêncio sobre casos como esses até agora, como se utilizam das pautas lgbts para melhor lucrar enquanto exploram os trabalhadores nos locais de trabalho. A Gerdau, por exemplo, é uma das que lideram a lista de acidentes de trabalho no país.

Conforme o tweet de Letícia Parks, militante do MRT e Quilombo Vermelho, a diferença entre Mauricio Souza, a Gerdau e a Fiat, que exploram e oprimem trabalhadores e LGBTs, é o marketing e não a lgbtfobia.

O que essas empresas querem é se ligar com seus consumidores LGBTs, venderem uma imagem de que são progressistas, quando, na verdade, agem para aguçar as contradições do capitalismo, utilizando a opressão para precarizar ainda mais a vida de gays, lésbicas e transsexuais. Também, o que Flávio Bolsonaro quer é agradar sua base conservadora e homofóbica, pois, na verdade, ele está junto com os empresários, banqueiros e todos os capitalistas que, independente da imagem progressista ou não que queiram vender, atacam os trabalhadores e setores oprimidos, aprovando reformas e ataques que recaem sobretudo sobre os setores oprimidos e precários.

No Brasil do homofóbico e machista Bolsonaro, não confiamos no discurso de empresas que só se importam com seu próprio lucro. Somente confiemos nas nossas próprias forças, dos trabalhadores, LGBTs e todos os setores oprimidos para derrubar esse regime podre, Bolsonaro e Mourão e construir um mundo livre de opressão e exploração.

 
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