(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em cidades como Curitiba, no Paraná, a gasolina já está sendo vendida a quase R$9,00 o litro. O valor no preço do combustível é resultado do mais recente aumento anunciado pela Petrobrás.

A Petrobrás, em seu último reajuste, elevou em 7,19% o preço da gasolina vendida em suas refinarias. Esse cenário de elevação dos preços ocorre porque a estatal adota uma política de paridade de preços, que espelha os reajustes dos combustíveis ao valor do dólar, que possui oscilações, e à cotação internacional do petróleo, portando, a gasolina e outros combustíveis ficam reféns da especulação internacional e da variação cambial.

Sobre o aumento, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia da 1 ª Feira Brasileira de Nióbio, realizada em Campinas (SP), no dia 8 de outubro, declarou que não pode congelar os aumentos à base de canetadas.

"Reclamam do Brasil, aumento do preço dos mantimentos, do combustível. Ninguém faz isso porque quer. Nao tenho poder sobre a Petrobrás. Não vou dar canetada nem congelar o preço dos combustíveis. Muitos querem, mas tivemos experiência de congelamento no passado", disse.

E continua:

"Quando se fala em combustível somos autossuficientes. Ah, mas porque o preço é atrelado ao dólar? Eu posso agora rasgar contratos?".

Bolsonaro ainda declarou que em países europeus também estão sofrendo com o preço dos combustíveis, e citou o Reino Unido como exemplo, que estaria com um aumento no preço do gás de 300% mas a população não grita "Fora Boris Johnson" ou "Boris Johnson genocida", e concluiu.