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Retorno das aulas em SP
Governo Dória impõe aulas presenciais obrigatórias, passando por cima da comunidade escolar
Redação

Dória e Rossieli querem impor de forma arbitrária a obrigatoriedade das aulas presenciais da rede pública e privada do estado de São Paulo a partir da próxima segunda-feira (18). Nós do Esquerda Diário achamos que quem deve decidir é a comunidade escolar, justamente porque é ela quem sofre com as consequências de um retorno inseguro.

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Foto: Governo de SP

Com o início do período, os estudantes só poderão deixar de frequentar as escolas mediante apresentação de justificativa médica.

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Na rede pública, são cerca de 3,5 milhões de alunos distribuídos em mais de 5,4 mil escolas em todo o estado.

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A secretaria diz que o distanciamento entre as carteiras será incialmente mantido, mas deixará de ser exigido a partir do dia 3 de novembro.

O governo de Dória e Rossieli se silencia sobre como a obrigatoriedade será aplicada nas escolas que não têm estrutura física para operar com 100% da capacidade diariamente mantendo o distanciamento entre os estudantes. O que mostra a irresponsabilidade desse governo, colocando em risco a vida de crianças, educadores, funcionários das escolas e também dos familiares dessas pessoas.

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Em agosto, o governo Dória já tinha reduzido o distanciamento de 1,5 metro para 1 metro, o que na prática significou rodízio de alunos em muitas escolas.

Mais detalhes sobre o retorno obrigatório serão divulgados pela gestão de João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa no início da tarde.

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Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) a medida é desnecessária, descabida e perigosa.

A Apeopesp diz que as escolas não têm condições de cumprir os protocolos de segurança contra a Covid.

O sindicato ainda alega que em diversas instituições não há funcionários de limpeza para garantir a higienização das unidades.

Nós do Esquerda Diário achamos que quem deve decidir o retorno presencial é a comunidade escolar, justamente porque são os educadores e demais trabalhadores da educação, assim como os alunos, os que mais conhecem de perto os problemas de dentro das escolas, assim como são os que mais correm os riscos de contaminação. A pandemia e a crise social e sanitária só escancararam isso. Justamente por serem os que vivenciam a situação, é que deve ser a própria comunidade escolar que deve decidir.

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Por exemplo, a comunidade escolar pode organizar comissões de segurança e higiene em cada escola, que sejam estreitamente ligadas as famílias e estudantes, e possam debater e exigir o que é necessário para garantir a saúde e segurança da comunidade escolar, como protocolos, itens básicos de proteção individual, entre outras medidas.

Dória e Rossieli querem decidir de forma arbitrária sobre o retorno presencial. Fazem isso para atender a fome de lucro dos empresários da educação e da patronal de conjunto. Nunca criaram condições reais para o combate da pandemia. Dória fez toda uma demagogia nojenta, se colocando como "oposição racional" à Bolsonaro e como "padroeiro da vacina, mas São Paulo é o Estado da nação com mais óbitos, pois defendia a quarentena enquanto na realidade mantinha os transportes lotados de trabalhadores, para que pudessem garantir os lucros dos patrões, ao mesmo tempo que deixava sem vacina diversas categorias de trabalhadores, como as tercerizadas da saúde e os metroviários, atacando as suas legítimas lutas, como quando tentou fechar o Sindicato dos Metroviários.

Só a comunidade escolar pode decidir sobre os rumos das escolas; sempre dissemos que sabemos da importância do retorno, mas que é absurdo impor isso a qualquer custo. A comunidade escolar tem direito de decidir como e quando fazer isso.

 
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