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São Paulo
Na capital de SP, 7 entre 10 famílias têm dívida, sendo 2,76 milhões de lares nessa situação
Redação

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP),em setembro (mês passado) a porcentagem de lares com alguma forma de dívida atingiu o recorde de 69,2%.

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Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes

Faz dez meses que o índice está subindo, alcançando a situação em que sete entre dez famílias que vivem em São Paulo têm dívida. São 2,76 milhões de lares nessa situação. Em relação a setembro do ano passado, a alta foi de 10,7 pontos porcentuais.

Pesquisa com dados de todo o Brasil realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o porcentual de famílias que disseram ter algum tipo de dívida a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) aumentou 1,1 ponto porcentual entre agosto e setembro, chegando a 74%. Isso mostra que os números da capital paulista repetem uma tendência nacional.

Esse dado é 6,8 pontos porcentuais maior do que o de setembro do ano passado, no maior aumento anual em toda a série de pesquisa da CNC.

Quanto às dívidas em atraso, há diferenças entre os dados nacionais e os de São Paulo. Enquanto a pesquisa da CNC mostra uma redução de 25,6% em agosto para 25,5% em setembro no índice de inadimplência, a da FecomercioSP indica que o número de famílias paulistas inadimplentes passou de 18,8% para 19,0%.

Grande oferta de crédito e juros ainda relativamente baixos favorecem a tomada de empréstimos pelas famílias. A pesquisa da CNC mostra também que as famílias vêm procurando prazos mais longos para a quitação de seus empréstimos.

Mas fatores bastante preocupantes são o motivo principal que fazem com que as famílias contraiam dívidas, como a inflação em alta, associada à persistência de altas taxas de desemprego, o que reduz a renda real das famílias. Além disso, o aumento da informalidade no mercado de trabalho é sinal de instabilidade da renda mensal de boa parte delas. E o auxílio emergencial ficou menor.

Sabemos que as famílias recorrem aos empréstimos, se endividando com os bancos, para tentar se manterem, em meio a um contexto de vertiginoso aumento da fome, desemprego, inflação e uma série de outros ataques. Quem sai ganhando com isso são os capitalistas, como os banqueiros que fazem esses empréstimos, especulando com a situação de vida cada vez mais precária da classe trabalhadora. E assim a burguesia, protegida por Bolsonaro, Mourão, governadores e Congresso, aumenta seus lucros enquanto quem paga a conta é a classe trabalhadora.

 
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