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CPI da Covid
Paciente da Prevent Senior relata uso de ’kit covid’ e política de extermínio de pacientes
Redação

Em depoimento à CPI da Covid, o paciente da Prevent Senior Tadeu Frederico de Andrade relata que a operadora teria tentado convencer familiares de que seu quadro de saúde era irreversível e o recomendado seria não reanimá-lo em caso de parada cardíaca.

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ouvido pelos senadores na CPI da Covid hoje pela manhã, Tadeu Andrade narra ter feito uma consulta inicial por meio virtual. No primeiro encontro, após descrição dos sintomas, médicos da Prevent o prescreveram medicamentos previstos no chamado “tratamento precoce”. Após cinco dias tratando com os remédios ineficazes, o quadro piorou. “Eu não melhorei, eu piorei”, afirmou.

“Comecei a ser medicado por uma tele consulta sem saber o que eu tinha. Tive resultado positivo, já estava terminando esse tratamento e estava piorando. No dia 30 de dezembro à noite tive que ir para um pronto-socorro, fiz novamente um exame de PCR, confirmou meu diagnóstico, e foi confirmado que eu estava com pneumonia bacteriana avançada. Acho que um atendimento imediato no primeiro dia talvez tivesse sido combatida mais eficientemente”, relatou Tadeu.

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Ele relata que, após 30 dias internado em uma UTI num hospital da Prevent Senior, a filha recebeu uma ligação de uma médica sugerindo que ele migrasse para um “leito híbrido”.

“Eu sairia da UTI e iria para um leito híbrido e, segundo as palavras dela, teria maior dignidade e conforto, pois meu óbito ocorreria em poucos dias”.

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Andrade disse ainda que havia uma recomendação dos profissionais de saúde para não o reanimarem. “Seria ministrada em mim uma bomba de morfina e todos os meus equipamentos de sobrevivência seriam desligados. Havia recomendação para não haver reanimação se eu tivesse uma parada cardíaca. Minha filha não concordou”, disse.

Recentemente, foi revelado um esquema onde a Prevent Senior chegava a falsificar atestados de óbito para promover o "kit covid" que eles diziam ser a cura da doença. Além disto, os donos da Prevent Senior aparecem nos Pandora Papers como possuindo US$ 8 milhões (R$ 43,7 milhões) em empresas offshore, lucros advindos de sua política criminosa de coação de médicos e de falsificação de documentos.

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