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"Universidades em excesso"
Ministro da educação se reúne com pastores para discutir ataques ao direito ao aborto e universidades
Redação
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Nesta terça-feira, 05 de outubro, ocorreu na Igreja Batista Central, em Brasília, o “Simpósio Cidadania Cristã” promovido pela Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab), Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), pela Associação dos Parlamentares Evangélicos do Brasil (Apeb), pelos Conselhos Estaduais de Pastores e pelo Movimento Acorda. Estavam presentes Jair Bolsonaro, o ministro da educação Milton Ribeiro, entre outros.

O evento religioso buscou demonstrar a força do eleitorado evangélico para garantir um compromisso do governo na aprovação até o ano que vem das chamadas pautas de costumes que estão paradas no Congresso: a regulamentação do homeschooling, a defesa do nascituro contra o direito ao aborto, a desconstrução da ideologia de gênero nas escolas. Os 600 pastores evangélicos também cobraram de Bolsonaro empenho para aprovação do pastor André Mendonça como ministro do STF.

Além dessa agenda reacionária, Milton Ribeiro ganhou destaque ao criticar o investimento em universidades contrapondo à falta de investimento na educação básica, insinuando que há excesso de Universidades. Dando sequência à sua defesa de que o ensino superior não deve ser para todos, mas que os filhos dos trabalhadores devem apenas ter um ensino técnico voltado à formação de mão de obra. A realidade do país é que todo o ensino é precarizado e a crítica às universidades no governo de Bolsonaro é também uma crítica às pesquisas e à ciência.

Confira trecho da fala de Milton Ribeiro: “Uma casa só se sustenta se ela tiver um bom alicerce. E o alicerce na educação, que é o meu tema hoje, é a alfabetização. Como é que se pode imaginar alguém construir uma casa começando pelo telhado? Quando eu falo em universidade, que foi democratizada, como se canta por aí, encheram de telhados, esqueceram do alicerce. O que nós temos hoje: jovens que são analfabetos funcionais, não entendem o que leem (...) meninos que chegam para fazer engenharia que não sabem fazer uma regra de três. Essa é a situação, esse é o quadro”.

A relação entre estes pastores e Bolsonaro negociando um "eleitorado evangélico", a existência de uma bancada evangélica a nomeação de ministros evangélicos configuram um Estado religioso, não democrático, que tende a governos autoritários e que perseguem o direito de culto a outras religiões, assim como o direito das mulheres sobre seu corpo, o direito ao livre exercício da sexualidade. Mas não param na "pauta de costumes", avançam sobre a classe trabalhadora, como estão fazendo, retirando todos os direitos, aumentando a fome e a miséria, e criminalizando as greves e manifestações.

 
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