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UERJ no dia 02 de Outubro
Faísca chama correntes de esquerda na UERJ a construir um bloco contra Bolsonaro e Mourão independente da direita
Faísca UERJ

A fotografia de um homem pegando restos de ossos em um caminhão de um supermercado na Glória, zona Sul do Rio, causou bastante revolta ontem nas redes sociais. Essa imagem representa o que o capitalismo em crise tem a oferecer ao povo pobre e trabalhador. Miséria, fome, desemprego e aumento da inflação e mortes são as consequências da política negacionista e de ataques de Bolsonaro e os capitalistas à juventude e classe trabalhadora.

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O povo trabalhador mal consegue ter uma alimentação digna e de qualidade enquanto Bolsonaro e os capitalistas aprofundam a política de destruição do meio ambiente e genocídio dos povos indígenas, acabando com o futuro do planeta em nome dos lucros do agronegócio.

Para a juventude, o futuro se coloca como incerto e sem perspectivas, porque retiraram nosso direito de nos aposentarmos com a reforma da previdência e querem nos fazer trabalhar até morrer em trabalhos precários, em Apps, sem direitos e sem poder sonhar!

Até mesmo o sonho de estudar numa universidade pública querem nos tirar, porque desde que iniciou a pandemia, junto do aprofundamento da crise econômica e social, infelizmente muitos tiveram que largar ou trancar a universidade para ajudar na renda de casa ou simplesmente não tinham condições de estudar em EaD pela falta de estrutura. Junto a isso, nos oferecem bala nas favelas e repressão à nossa livre sexualidade, ao mesmo tempo que querem acabar com direitos democráticos como o das mulheres poderem abortar até em casos hoje considerados legais.

No Rio de Janeiro, bolsonaristas querem acabar com a UERJ extinguindo e privatizando a universidade. Assim como não permitimos acabar com as cotas raciais pela luta e força dos estudantes, é com esta força da nossa organização que devemos enfrentar esses mesmos que atacam os trabalhadores e o funcionalismo nacionalmente e também aqui no Rio de Janeiro.

Claudio Castro, o governador capacho de Bolsonaro e Guedes, vendeu a CEDAE e quer passar um pacote de maldades como parte da prorrogação do regime fiscal que vai atingir todo o funcionalismo do Rio, como os professores da rede estadual, os trabalhadores e professores da UERJ. Além de sucatear nacionalmente a educação pública, minando cada vez mais o pensamento crítico, com a Reforma do Ensino Médio e o Escola sem Partido, querem precarizar ainda mais o trabalho docente e acabar com a qualidade da educação da juventude nas escolas e universidades. Sem contar o corte de verbas na saúde e educação.

Leia também: Chamado às organizações de juventude: fortalecer a unidade contra Bolsonaro e Mourão independente da direita

Mas Bolsonaro não está sozinho. Se no RJ conta com Castro e Paes, também está em unidade com atores como o Congresso e o STF desse regime que veio se degradando após o golpe institucional de 2016. E por mais que expressem divergências se unem quando o assunto é atacar os trabalhadores, os jovens e estudantes, e defender os interesses dos grandes empresários.

Diante desse futuro de incertezas e miséria que querem nos impor temos que nos apoiar na luta dos indígenas, que mostram o caminho contra o Marco Temporal, e na disposição de luta de trabalhadores que estão protagonizando greves pelo país, como foi a da Carris em Porto Alegre-RS, Sae Towers em Betim-MG, MRV em Campinas-SP. É unicamente com os trabalhadores e oprimidos que podemos nos apoiar e unir contra todos os ataques dos governos e patrões para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

No ato de sábado dia 02, contra Bolsonaro, nós da Faísca achamos que os estudantes da UERJ deveriam estar organizados para sair às ruas em um grande bloco pelo Fora Bolsonaro e Mourão independente da direita. Mas mais uma vez o DCE, dirigido pelo PT, PCdoB e Levante Popular da Juventude, que também estão na direção majoritária da UNE, não impulsiona nenhuma assembleia e organização dos estudantes. Pelo contrário, depositam apenas uma saída pela via eleitoral e por isso mantém uma paralisia em que não organizam os estudantes. São esses mesmos partidos que estão na direção de grandes centrais sindicais como a CUT (PT) e CTB (PCdoB) que mantém a paralisia e não constroem na base das categorias de trabalhadores um plano de luta nacional para enfrentar todos os ataques. É fundamental que larguem essa estratégia. E não se aliem a setores da direita como o PDT, Rede, Cidadania e Solidariedade, ou seja, partidos burgueses, que também estão convocando o ato do dia 02.

Infelizmente, setores do PSOL estão reivindicando a aliança com esses setores da direita, mas precisamos construir uma alternativa da juventude junto com os trabalhadores que possa de fato dar uma saída para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Imaginem se fizéssemos um grande bloco de estudantes junto com trabalhadores que se colocasse na rua neste sábado contra Bolsonaro, Mourão e os militares e contra todos os ataques, mas confiando apenas nas nossas forças?

Nós, da Juventude Faísca, fazemos um chamado a todas as correntes de esquerda da UERJ, como as correntes do PSOL (RUA, Juntos), PSTU, UP e PCB, e aos centros acadêmicos de luta a serem parte de construir um bloco classista no ato do dia 02, contra Bolsonaro e Mourão, defendendo claramente que a única forma de lutarmos contra todos os ataques é confiando nas nossas forças e não em unidade com setores da direita. E exigir do DCE, a organização dos estudantes contra todos os ataques, para que rompam com a paralisia que vem tendo todo esse período de pandemia e chamem assembleias nos cursos que dirigem e também de toda a Universidade. Nosso futuro não está à venda e não vamos permitir que seja Bolsonaro, Mourão, Congresso, STF e governantes que decidam por nós. Que os capitalistas paguem pela crise!

Leia também: Basta de desemprego e salários de fome! Que os grandes empresários paguem pela crise!

 
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