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2 de Outubro
Construir um bloco classista da esquerda em Brasília para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os ataques
Eduardo Máximo
Estudante da UnB e bancário na Caixa

Fazemos este chamado que se dirige ao PSTU, a setores do PSOL como o Bem Viver, o MES/Juntos, Resistência/Afronte, ao PCB, UP e PCO, bem como a todas e todos os trabalhadores e jovens em Brasília para que no próximo dia 2 de outubro se organize um bloco classista e unitário contra Bolsonaro, Mourão e os ataques. A direita e o partidos burgueses, assim como as instituições desse regime degradado, não são nossos aliados. São aqueles que seguem unificados quando o assunto é atacar nossos direitos e nos fazer pagar pela crise.

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Chegamos a 1000 dias do governo Bolsonaro e as condições de vida dos trabalhadores e de toda a população segue piorando. A pandemia já matou quase 600 mil brasileiros, são mais de 14,4 milhões de brasileiros sem conseguir emprego, vivemos uma inflação que faz o preço dos alimentos dispararem e mais de 84,9 milhões de pessoas convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar, inflação que também atinge o preço dos combustíveis, o aumento no preço da energia elétrica, uma devastação ambiental sem precedentes. Bolsonaro, Mourão junto ao Congresso e também com apoio do STF, governadores, todos seguem unificados em seu projeto de reformas e privatizações que acabam com nossos direitos para que os custos da crise econômica sejam pagos pelos trabalhadores.

Governadores como o milionário Ibaneis Rocha no DF, dono de uma imobiliária e morando na mansão mais cara do DF ele é o responsável pelas repressões e despejos de ocupações durante a pandemia, recentemente contou com ajuda o judiciário para suspender lei que proibia os despejos na pandemia. É o responsável por atrasar os salários das terceirizadas da saúde, trabalhadoras da linha de frente em toda a pandemia, também responsável pelos ataques aos metroviários que já estão há 5 meses em greve na luta pelos seus direitos.

Enquanto isso, as grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, que estão a frente da maior parte dos sindicatos do país seguem paralisadas frente a todos os ataques e a piora das condições de vida, seguem paralisadas pois apostam em uma saída eleitoral com a candidatura de Lula em 2022. Mas Lula já mostrou que, assim como fez no passado, pretende seguir administrando o país para os grandes empresários e capitalistas, está se reunindo e buscando alianças com os mesmos golpistas e a direita que foi responsável pelo golpe institucional, os mesmos partidos burgueses que tiraram o PT do governo porque queriam aprofundar a política neoliberal de ataques e privatizações e que seguem este projeto.

Neste dia 2 de outubro, tanto aqui em Brasília como nacionalmente, os atos contra Bolsonaro estão sendo chamados pela Frente Fora Bolsonaro, com PT e PCdoB seguindo a mesma lógica, buscando unidade com os partidos burgueses. Mas o chamado também está sendo feito pelas organizações de esquerda como PSOL, PSTU, PCB e UP. Acreditam que um arco “amplo” de alianças é o que poderia derrubar Bolsonaro, inclusive através do impeachment.

Nós não podemos confiar que partidos burgueses como Cidadania e Solidariedade do Paulinho da Força, PSB, Rede e PDT, que são também partidos burgueses que tentam se apresentar como de “centro”, ou PSDB sejam nossos aliados, são eles que votam todos os dias contra os trabalhadores no Congresso Nacional. Também não podemos confiar que o impeachment que colocaria o reacionário Mourão no governo seja uma saída para os trabalhadores.

Acreditamos que para fortalecer uma saída dos trabalhadores temos de nos apoiar e cercar de solidariedade, buscando coordenar nacionalmente, as lutas que surgem como a recente greve das terceirizadas da saúde no DF e a enorme luta dos indígenas que tomaram Brasília e fizeram cortes de rodovias nacionalmente com o Marco Temporal. Apesar da paralisia das centrais temos exemplos concretos que tem surgido pelo país como a greve da Carris em Porto Alegre, a da metalúrgica Sae Towers em Betim (MG), a da MRV de Campinas, da Rede TV em São Paulo e a do Detran no Rio Grande do Norte e da Proguaru neste momento em Guarulhos.

Fazemos este chamado que se dirige ao PSTU, a setores do PSOL como o Bem Viver, o MES/Juntos, Resistência/Afronte, ao PCB, UP e PCO, bem como a todas e todos os trabalhadores e jovens que querem enfrentar Bolsonaro e Mourão, a que construamos para esse dia 2 de outubro blocos classistas e independentes da direita. Um bloco unitário da esquerda e ativistas, com clara delimitação de classe e organizado em cada local de trabalho e estudo, poderia juntar forças e impor que as grandes centrais sindicais e entidades estudantis, como CUT, CTB e UNE organizassem um plano de luta real por uma paralisação nacional, para que sejam os capitalistas a pagar pela crise.

 
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