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Crise da Prevent Senior mostra: é preciso estatizar os planos de saúde sob controle dos trabalhadores
Calvin de Oliveira
Estudante de Geografia da UFF - Niterói

Advogada da Prevent Senior vem denunciando na CPI da Covid falsificação dos resultados do “kit covid”, além de coerção dos médicos pelo tratamento e falsificação de atestados de óbito pela doença. A denúncia reafirma o negacionismo bolsonarista e burguês, reforçando o caráter irracional que tem a produção capitalista.

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Prevent Senior(Foto: reprodução)

Passamos de 590 mil mortes no Brasil, que poderiam ter sido evitadas se não fosse a gestão negacionista de Bolsonaro, com o desastre ou “genocídio” de Manaus, suas declarações sobre uma gripezinha, e uma contínua retórica sobre o chamado tratamento precoce contra o uso de vacinas. A denúncia da Prevent Senior que vem ocorrendo, reforça como uma figura como Bolsonaro está ligada à irracionalidade e ao reacionarismo do sistema capitalista.

Veja também: Mil dias de governo Bolsonaro: 600 mil mortes, 14 mi de desempregados, fila por osso, e devastação ambiental

Se não era escancarado, com Luciano Hang e agora a denúncia sobre a morte da sua mãe, mostra que a burguesia está disposta a até falsificar a mãe para manter seus projetos lucrativos. Imaginem então, se existe alguma possibilidade da burguesia preferir o lucro sobre a vida dos trabalhadores? Ou sobre a crise ambiental?

É preciso lutar por uma sociedade que não seja baseada no lucro, onde o cuidado das nossas vidas não esteja nas mãos desses grandes planos de saúde. A Prevent Senior teve um lucro de mais de 4 bilhões de reais na pandemia, aumentando o número de clientes com o estrangulamento da verba do SUS, impedindo o tratamento adequado para cada caso para reduzir custos. Como denunciou a advogada dos médicos que elaboraram um dossiê contra a Prevent Senior, os profissionais eram advertidos e punidos pela administração do plano de saúde por internar pacientes por gerar custos. A empresa de plano de saúde, muito antes de ser movida pelo objetivo de prestar cuidado à vida, tem uma função econômica clara: gerar lucro aos seus proprietários, os irmãos Fernando e Eduardo Parrillo; e, num momento agudo da política nacional, se colocou ao lado do governo Bolsonaro para fazer testagem em massa em humanos sem consentimento.

A privatização da saúde transforma o direito à saúde em uma mercadoria e, ao fazer isso, transforma também a prática da medicina num trabalho alienado, no qual o médico não tem mais autonomia. O caso Prevent Senior leva até às últimas consequências os efeitos da privatização e permite tirar duas lições fundamentais: 1)é urgente estatizar toda a rede de hospitais, ambulatórios e laboratórios que estão nas mãos dos planos de saúde, pois não é possível a coexistência pacífica entre a saúde pública e privada; 2)é preciso que os trabalhadores, os usuários e os estudantes da saúde controlem os serviços garantindo a autonomia e seu objetivo primordial, o cuidado universal à saúde.

Para levantar uma alternativa que defenda as conquistas do SUS, mas que batalhe por um sistema de saúde controlado pelos trabalhadores e usuários, precisamos ser milhares nesse dia 2 de outubro, com blocos classistas contra Bolsonaro e Mourão e sem confiar na direita golpista que precariza o SUS, ataca os trabalhadores da saúde. Precisamos de uma alternativa da classe trabalhadora, sem confiança na CPI da Covid, no STF e nos governadores, e sim nas nossas próprias forças.

Para saber mais: Chamado a construir Blocos Classistas nas manifestações de 2 de outubro

 
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