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CPI da covid
Prevent Senior coagia médicos e demitia os contrários ao “tratamento precoce"
Diego Nunes

Em depoimento à CPI da covid, Bruna Mendes Morato, advogada que representa um grupo de médicos demitidos da Prevent Senior afirmou que o plano coagia os profissionais a administrarem o “kit covid” sob ameaça de demissão. Todos os que se negaram foram demitidos.

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O plano de saúde ocultou mortes por covid ao realizar pesquisa sobre a eficácia da hidroxicloroquina e da azitromicina, e é investigado por diversos procedimentos antiéticos. “Os pacientes que recebiam esses kits eles já utilizavam vários medicamentos. Para aquele grupo, entretanto, esse kit se tornava potencialmente letal”, afirmou a advogada.

Segundo Bruna "a principal estratégia [da Prevent Senior] era confirmar o projeto, de que havia tratamento e que ele era eficaz". O dossiê, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent denuncia uma série de irregularidades, denunciando acordo entre o governo Jair Bolsonaro e o plano de saúde, que permitia usar pacientes como ’cobaia’ para remédios ineficazes contra Covid-19. Nove pacientes ’cobaias’ morreram durante a pesquisa, mas os autores de estudo da empresa só mencionaram duas mortes.

“O médico falava para um paciente idoso que havia um novo tratamento bom e eficaz e que, para isso, eles precisavam dar um ‘ok’. Mas o paciente era vulnerável e não entendia que estava sendo usado como cobaia. Eles davam esse ok, que chamavam de termo de consentimento, e pediam pra eles assinarem. Mas não falavam pra os familiares. Era um termo genérico sem detalhes” explicou a advogada.

Ela afirmou ainda no depoimento que “a intenção era que a Prevent Senior passasse a colaborar com o grupo em um ‘alinhamento ideológico com o Ministério da Economia’, que temia a ocorrência de lockdowns que paralisassem o país”. O grupo que Bruna se refere é um grupo de assessores próximos ao governo Bolsonaro. De acordo com a advogada a Prevent Senior estava segura de que não seria fiscalizada pelo Ministério da Saúde.

O lema dessa operadora de saúde que é “lealdade e obediência” remete à um lema nazista. O plano cujos proprietários possuem uma banda de rock (a Doctor Pheabes) contava com uma porção de bizarrices internas como supervisores de plantonistas chamados de “guardiões” que segundo Bruna eram obrigados a cantar um hino composto pelos donos da empresa com a mão no peito.

O depoimento segue ao vivo na Tv Senado, acompanhe a cobertura completa no esquerdadiario.com.br.

 
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