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Assédio na UFF
Trabalhadoras terceirizadas são assediadas na Moradia Estudantil da UFF
Faísca - UFF
@faiscajuventude
Miguel Gonçalves

Trabalhadoras terceirizadas denunciam casos de assédios ocorridos na Moradia Estudantil (ME) da UFF. Estudantes se somam ao chamado das trabalhadoras pela expulsão do assediador da ME, solicitação ignorada pela Reitoria, além de denunciarem que foram vítimas de assédio pelo mesmo morador. A audiência do caso está marcada para esta quarta-feira (29/09) às 9 horas na Reitoria, onde os estudantes estão sendo convocados a aparecer com cartazes em apoio a luta das trabalhadoras e das estudantes.

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Foto tirada do Conselho de Moradoras e Moradores da UFF de Niterói com chamados a órgãos da Reitoria a não se omitirem.

Uma série de denúncias de assédio foram feitas por trabalhadoras e estudantes da Moradia Estudantil (ME). A maioria das denúncias veio à tona quando em abril deste ano, trabalhadoras terceirizadas denunciaram um morador da Moradia Estudantil. A audiência do caso que está marcada para esta quarta-feira (29/09), às 9 horas na Reitoria, é fruto da mobilização das estudantes que, através de assembleia, deram visibilidade e proporção ao caso que até então era tratado com panos quentes pela Reitoria.

A partir da assembleia foram tiradas uma série de resoluções práticas que buscam dar uma resposta à situação, como redes de apoio entre as moradoras e trabalhadoras da ME e propostas para combater o assédio. Na assembleia também foi votado o afastamento preventivo do morador como medida de segurança para as moradoras, o que deveria ser de responsabilidade do Conselho de Moradores, mas foi ignorado pela Reitoria. A resposta absurda dada às moradoras por parte da reitoria foi que a assembleia era predominantemente feminina, e que "precipitou-se uma situação de conflito envolvendo alguns residentes" e "a situação saiu do controle de maneira bastante preocupante".

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Um abaixo-assinado respaldado por mais de 50 moradoras, além de cartazes e faixas questionando o silêncio dos órgãos da Reitoria, não foram suficientes para a própria Reitoria reconhecer a autonomia da Diretoria de Divisão da Moradia Estudantil e afastar temporariamente o morador. Na prática, o que a Reitoria vem permitindo é que moradoras e trabalhadoras da Moradia Estudantil tenham que se encontrar diariamente com o seu assediador, ignorando o pedido pela sua transferência. Quando colocada a prova, a Reitoria já mostrou que não está do lado dos estudantes e dos trabalhadores,
assim como quando excluiu a entrada de alunos através de novas chamadas do SISU. Além disso, o DCE segue cumprindo o papel de “satélite” da Reitoria e não coloca sua capacidade de mobilização à serviço das trabalhadoras e estudantes.

Foto tirada do Conselho de Moradoras e Moradores da UFF de Niterói que mostra os cartazes nos corredores da Moradia Estudantil

As trabalhadoras terceirizadas por natureza vivem uma situação de instabilidade no emprego, e em situações como essas, o medo do desemprego pode pressionar essas trabalhadoras a não levarem suas denúncias até o final. Por isso, é fundamental que os estudantes, professores e trabalhadores efetivos deem essa batalha em conjunto com as terceirizadas e as moradoras da Moradia Estudantil. Para a audiência marcada amanhã (29/09) às 9 horas na Reitoria, está sendo convocada a presença dos estudantes para pressionar a Reitoria e se solidarizar com a batalha das trabalhadoras e estudantes que, organizadas em assembleia, estão conseguindo levar sua luta contra o assédio na Moradia Estudantil adiante.

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