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Atos 2 de Outubro
Unir esquerda e ativistas nos atos do dia 2 em blocos classistas independentes da direita
Cássia Silva

Desde o início do ano, estudantes, trabalhadores e setores oprimidos tomam as ruas em descontentamento com o governo Bolsonaro. Também se expressam greves por demandas salariais em diversas partes do país e os povos originários ocuparam Brasília contra o Marco Temporal de Bolsonaro e do STF. Cada vez mais é necessário unificar esquerda e ativistas, de forma independente da política da direita, que também é parte da aprovação e implementação dos ataques.

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No Brasil de Bolsonaro e Mourão em meio à pandemia, os índices de desemprego e fome vem para arrebatar a classe trabalhadora e os setores oprimidos em forma de ataques, como a Reforma Administrativa e o Marco Temporal. E nesse mesmo Brasil, os povos originários ocuparam Brasília, greves salariais se expressam, como os trabalhadores da MRV de Campinas, da SaeTowers de Minas Gerais, da Carris de Porto Alegre e do Detran do Rio Grande do Norte, e a juventude sai às ruas por Fora Bolsonaro.

Para isso, é preciso dizer que é urgente o abandono da política unificada com a direita. A direita do PSDB, que, a exemplo de Doria, impôs o retorno inseguro das aulas, aprovou e implementou cada uma das reformas, assim como o MDB e o DEM, grandes articuladores do regime político do golpe institucional de 2016 no qual vivemos hoje, que assumiu um sucessor indigesto até mesmo para eles, o atual presidente Jair Bolsonaro. Mas também a direita do Centrão, como o Solidariedade de Paulinho da Força, o Cidadania e a Rede, que apoiou e ajudou a aprovar a Reforma da Previdência. Não será em manifestação unificada com eles, como propõem o PT, PSOL, PSTU, que iremos derrotar Bolsonaro, Mourão e a crise capitalista. Pelo contrário, eles também têm que ser derrotados.

Um bloco unitário da esquerda e ativistas com clara delimitação de classe, poderia juntar forças de impor das grandes centrais sindicais e entidade estudantil, como CUT, CTB e UNE, dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, que organizassem um plano de luta real em cada local de trabalho e estudo por uma paralisação nacional, para que sejam os capitalistas a pagar pela crise. Porque nós trabalhadores, jovens e setores oprimidos, não podemos mais ser reféns de uma política eleitoralista de Lula e PT, que vai continuar rifando nossos direitos, e se alia agora, mais de um ano antes das eleições já indicando que fará o mesmo que fez em seus anos de governo, com oligarquias políticas, como fez no Rio Grande do Norte, e setores reacionários inimigos das mulheres e das LGBTQIA+, como o Pastor Isidório na Bahia.

Por isso também é necessário superar a busca por saídas institucionais que nem mesmo vão acontecer, como o impeachment, já tantas vezes engavetado pelo Congresso e que colocaria o general Mourão no poder. O PT de Gleisi Hoffmann aposta no impeachment como uma política meramente de desgaste de Bolsonaro para fortalecer a figura de Lula para 2022, mas na realidade não aspiram efetivamente a derrubada do governo e seus ataques. Inclusive, é uma política como essa que abre espaço para as alianças com inimigos dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos, como pudemos ver a deputada Isa Penna do PSOL na manifestação do MBL no dia 12 de Setembro.

Fazemos este chamado, ao mesmo tempo que dialogamos também com propostas da esquerda como por exemplo a proposta de Pólo Revolucionário e Socialista feita pelo PSTU e ativistas. Neste texto de Marcello Pablito dialogamos com essa proposta, e reafirmamos a necessidade de frente ao dia 2 de outubro construir Blocos Classistas enquanto seguimos os debates sobre os rumos da esquerda revolucionária no Brasil.

É nesse terreno que propomos a conformação de um bloco classista unitário nos atos do dia 2 de outubro de organizações de esquerda, como PSOL e PSTU, e ativistas, em torno de fortalecer a luta dos trabalhadores, estudantes, indígenas, mulheres, negros e LGBTQIA+. Porque só uma resposta com a mais ampla unidade da nossa classe pode enfrentar e combater os capitalistas e seus representantes - que vão de Bolsonaro, Mourão e militares ao Congresso e o STF.

 
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