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Reitoria/UnB descarrega crise nos estudantes precários e aumenta RU para R$6,10
Faísca Revolucionária - UnB
Rosa Linh
Estudante de Relações Internacionais na UnB

Márcia Abrahão, reitora da UnB, acaba de aumentar o preço do Restaurante Universitário para R$ 6,10 - um dos mais caros do país. Mais uma vez, a Reitoria descarrega a crise nas costas dos estudantes e dos trabalhadores da universidade aplicando os ajustes de Bolsonaro e o conjunto dos golpistas desse regime podre.

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Ocupação da Reitoria de Márcia Abrahão em 2018 contra as mais de 500 demissões de terceirizados, aumento do preço do RU para R$5,20 e contra os cortes de Temer e dos golpistas.

A Reitoria de Márcia Abrahão acaba de firmar contrato com a empresa ISM Alimentação na qual o preço do RU ficaria em absurdos R$6,10! Isso é fruto do sucateamento absurdo devido à Lei Orçamentária Anual (LOA) de Bolsonaro, Congresso e de todos os golpistas. Hoje, somam-se cortes de 100% nos recursos para investimento e diminuição em 4,6% dos recursos na fonte do Tesouro para o pagamento de despesas discricionárias.

Essa é a mesma reitora que em 2018 aumentou o RU para R$5,20 enquanto demitiu mais de 500 terceirizados. Durante a pandemia, não foi diferente: mais de 3 terceirizados morreram pelo descaso racista da Reitoria, deixando-os sem EPIs e morrendo de COVID, além de demitir cerca de 20 porteiros e vigilantes.

Enquanto isso, os estudantes receberam marmitas com larvas e plásticos mais de uma vez na CEU, essa mesma cuja laje despencou recentemente, o que poderia ter até mesmo matado alguém por conta do sucateamento. E pior: tudo isso ao mesmo tempo que as empresas terceirizadas lucram aos montes com a exploração de mulheres negras das satélites e do entorno.

Em um momento em que a inflação sobre os alimentos avança cada vez mais, o aumento no RU precariza ainda mais o acesso à segurança alimentar dos estudantes e da comunidade universitária. Apesar de sua demagogia progressista e de “defesa da ciência”, a Reitoria demonstra que está à serviço da propriedade privada e dos patrões, não da classe trabalhadora e dos oprimidos do DF e entorno.

A crise atual na economia e também, na educação é fruto direto do golpe institucional de 2016 que, a partir da conciliação de classe do PT, deu passagem à Bolsonaro, aos militares e todos os fascistóides mais reacionários que odeiam a universidade pública - vários deles com os quais Lula já mantém íntimas relações rumo a 2022.

Nesse sentido, fica cada vez mais escancarado o erro daqueles que apoiaram a atual Reitora, como parte significativa da atual gestão do DCE da UnB, como a UJS, PT e Levante. E pior: tudo isso contou com a vergonhosa cobertura de esquerda do Juntos/PSOL, uma das principais forças do DCE e dirigente de vários CAs importantes e com tradição de luta, tais como o CASESO.

Nesse momento, é fundamental que a atual gestão do DCE da UnB, que também conta com outros grupos do PSOL e o PCB, rompa sua paralisia, que apenas mantém o movimento estudantil na passividade. É preciso mobilizar os estudantes junto dos trabalhadores e professores, como poderia ter sido feito para a Greve Mundial pelo Clima, rumo a um dia 2 com blocos unitários da esquerda. Nossa unidade não pode ser com aqueles que querem descarregar os ataques de Bolsonaro nos estudantes!

Só essa força poderia impor pela luta a revogação do aumento do RU, batalhando pela pela revogação do Teto de Gastos e de todas as reformas antioperárias, a efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público e a abertura do livro de contas da universidade. Já que a Reitoria não tem nada a esconder, então que mostre o quanto as empresas terceirizadas lucram com o dinheiro público que poderia estar na assistência estudantil! São os estudantes, trabalhadores e professores que deveriam organizar o orçamento da universidade, a fim de colocar a ciência realmente à serviço da classe operária e do povo pobre, algo que só pode ser conquistado com um governo dos três setores e a dissolução da Reitoria. Essa batalha é a mesma contra esse sistema capitalista miserável que tem à frente Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas desse regime.

 
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