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Na Ilha do Bananal
Indígena é assassinado em operação da Polícia Federal e FUNAI na Aldeia dos Karajás
Redação

Vídeos enviados exclusivamente ao Esquerda Diário denunciam o brutal assassinato de um indígena durante operação da Polícia Federal conjunta com a Funai na Aldeia Santa Isabel do Morro, na divisa de Mato Grosso com Tocantins.

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O nome da vítima é Lourenço Karajá, na Aldeia Santa Isabel do Morro, a maior do povo Karajá, que fica na ilha do Bananal, na divisa de Mato Grosso com Tocantins. A polícia alegou que o indigena estava armado, mas a comunidade nega. O assassinato ocorreu na quarta-feira, 15, quando estava ocorrendo a votação sobre o Marco Temporal no STF, e diversas rodovias estavam sendo cortadas como forma de protesto.

O vídeo contém imagens fortíssimas e é mais um estarrecedor episódio da matança que o Estado brasileiro faz a populações originárias.

Desde o início do governo Bolsonaro, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) tem sido progressivamente loteada a militares e defensores do agronegócio, com a ocupação de cargos importantes por esses verdadeiros inimigos dos povos indígenas. Um exemplo claro seria o do coordenador da Funai no Vale do Javari, no Amazonas, o tenente da reserva do Exército Henry Charlles Lima da Silva recentemente pego em gravação falando em “meter fogo” em indígenas isolados. Essa casta reacionária, pilar sustentação do governo se apoia em cargos da Funai para levar a frente sua política reacionária e ruralista.

Assassinatos brutais como este tem acontecido por todo o país, tanto pelas mãos de forças de repressão do Estado como se jagunços do agronegócio e das mineradoras, tudo com o silêncio conivente da grande mídia, que esconde a situação no campo.

Trata-se de um verdadeiro ataque contra os povos originários, situado no março do completo congelamento das demarcações de terras indígenas, bem como do afrouxamento de proteções aos povos, enquanto o governo espera a aprovação da teses racista e genocida do Marco Temporal pelo STF.

A defesa dos interesses do agronegócio e os brutais ataques aos povos indígenas e seus direitos, como o Marco Temporal e a PL 490 unem Bolsonaro, o Congresso e o STF. Contra eles se coloca a enorme e heróica luta indígena, com cortes de rodovias e protestos por todo o país, além do acampamento de milhares em Brasília!

Em defesa dos povos originários e seus direitos e territórios, é preciso que as grandes centrais sindicais rompam com sua paralisia e construam um verdadeiro plano de lutas, que una a luta indígena aos grandes batalhões da classe trabalhadora pra barrar todos os ataques e derrubar esses assassinos do Bolsonaro e dos militares!

 
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