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Popularidade em queda
Bolsonaro tem pior índice de rejeição do seu mandato com 53% de reprovação
Redação

Bolsonaro segue com sua reprovação em tendência de alta. Ela chegou a 53%, pior índice de seu mandato.

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FOTO: Adriano Machado / REUTERS

Foi o que aferiu o Datafolha nos dias 13 a 15 de setembro, quando o instituto ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. O presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22%, oscilação negativa dos 24% da pesquisa anterior, que já indicava o pior índice de seu mandato. O consideram regular 24%, mesmo índice de julho.

A economia em frangalhos, a começar pela alta da inflação, da ameaça de crise energética, da alta dos preços dos alimentos, dos aluguéis. O poder de compra do trabalhador médio tem caído cada vez mais. Tudo isso tem levado ao desembarque de setores simpáticos ao presidente, como parte do agronegócio e do mercado financeiro. Fora a crise sanitária que já levou mais de meio milhão de vidas no país e também das denúncias de corrupção evidenciadas na CPI da Covid.

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O Datafolha mostrou um aumento mais expressivo de rejeição entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos (41% para 50%, de julho para cá) e entre as pessoas com mais de 60 anos (de 45% para 51%). Significativamente, Bolsonaro passou a ser mais rejeitado no agregado das regiões Norte e Centro-Oeste (16% da amostra), onde costuma ter mais apoio principalmente do setor do agronegócio. Lá, sua rejeição subiu de 41% para 48%, ainda que esteja marginalmente abaixo da média nacional.

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O perfil de quem rejeita o presidente segue semelhante ao já registrado antes, já que perfazem 51% da população na amostra, 56% daqueles que ganham até 2 salários mínimos o acham ruim ou péssimo. Aqui, nas camadas menos ricas e escolarizadas, há um lento espraiamento das visões negativas sobre o presidente. Na já citada camada de quem ganha até 2 mínimos, em julho eram 54% os que o rejeitavam. Na daqueles que recebem de 2 a 5 mínimos, a rejeição foi de 47% para 51%, oscilação positiva no limite da margem de erro.

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Bolsonaro amenizou sua toada irruptiva com os outros poderes tanto Legislativo quanto principalmente o Judiciário mas frente à população ainda não é sinal de um voto de confiança, pois não há no horizonte próximo nenhum pacote de ajuda aos mais necessitados, como os mais de 14 milhões de desempregados, ou mesmo os mais de 40 milhões de informais. Nisso, tanto Bolsonaro quanto deputados e senadores, STF e governadores estão juntos para seguir aprofundando a crise e aumentando os lucros dos capitalistas, tanto nacionais quanto imperialistas, com as privatizações, o aprofundamento do trabalho precário sem direitos, a fome, os desmatamentos e queimadas que favorecem o agronegócio, o avanço contra os direitos indígenas e etc, pois foi para isso que se concretizou o golpe institucional em 2016. É preciso que as grandes centrais sindicais e populares como a CUT e a CTB (PT e PCdoB) rompam sua paralisia e construam um plano de luta na base de suas categorias para derrubar todos esses ataques, revogar todas as MP’s e PEC’s que destruíram os parcos direitos que os trabalhadores ainda tinham com a constituição de 88 e imponham uma assembleia constituinte livre e soberana, através da própria mobilização para derrotar Bolsonaro, Mourão e todo esse regime.

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