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Mamata
A mamata veste farda: Militares recebem até R$ 260 mil em comando de estatais
Redação

Enquanto a classe trabalhadora agoniza na fila de ossos e com o aumento das contas de luz e gasolina, os oficiais que comandam as estatais seguem recebendo salário tanto do cargo que ocupam quanto das forças armadas, com salários que variam de R$ 43 mil reais até R$ 260 mil.

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O Governo Bolsonaro nunca escondeu sua simpatia pelos militares, mais do que isso, Bolsonaro sempre buscou ter nas forças armadas um pilar de resistência do seu governo. Este fator levou ao crescimento do número de militares em cargos do governo com as estimativas apontando para 7.000 militares em funções nomeadas pelo Estado. As estatais não fugiram da estatística de aumento dos militares: mais de um terço das estatais comandadas exclusivamente pela União veem em sua direção um militar.

Dentre o total das 46 estatais, 16 são presididas por membros das forças armadas. Além do fortalecimento político das forças armadas no comando de empresas estratégicas, seus membros ainda recebem uma série de benefícios financeiros. Dos 16 oficiais que comandam as estatais, 15 acumulam o salário tanto do cargo que ocupam quanto das forças armadas, com salários que variam de R$ 43 mil à R$ 260 mil. Esses valores absurdos dos oficiais beneficiados com salários de duas instituições ainda excedem o teto do funcionalismo público de R$ 39,3 mil, o mesmo salário de um ministro do STF.

A acumulação de salários por parte dos militares só foi possível porque em Abril o Governo Bolsonaro em abril deste ano autorizou, medida que ficou conhecida como “Teto duplex”. A regra criada aumentou os gastos da união em R$ 66 milhões por ano. Bolsonaro sempre deixou claro, que apesar da retórica, sempre foi um dos maiores adeptos da “mamata” que Bolsonaro não só aproveita, como aprofunda.

Enquanto a classe trabalhadora e o povo agonizam em fila de ossos por não ter o que comer e veem o aumento da gasolina e da eletricidade, os oficiais do exército acumulam remunerações altíssimas, com salários que chegam a até R$ 260 mil como o do Joaquim Silva e Luna que está no comando da Petrobras. Mesmo os militares à frente das empresas vinculadas diretamente ao Ministério da Defesa e as Forças Armadas seguem recebendo dois salários.

Decisões do STF e do TCU dão respaldo a esses pagamentos, mostrando como as diferentes alas do regime são coniventes com os privilégios dos militares. Recentemente, Paulo Guedes recebeu medalha de honra do exército pela Reforma da Previdência do Exército que trouxe uma série de vantagens aos militares se comparados a outros setores. Se ocasionalmente as alas do regime entram em conflitos como ocorreu recentemente entre o STF e o Bolsonaro, todas estão em consonância quando se trata de passar ataques contra a classe trabalhadora, garantir privilégios aos militares e por consequência, aumentar a “mamata”.

 
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