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Crise de abastecimento
Ministro diz a população que tome banho somente de manhã como solução para crise hídrica
Redação

Para enfrentar a pior crise hídrica em 91 anos, o ministro de Minas e Energias, Bento Albuquerque, joga a responsabilidade nas costas da população e faz um apelo por um “esforço de redução de consumo”.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Temos enfrentado um déficit do regime de chuvas nos últimos anos motivado pelo desequilíbrio climático promovido pelos capitalistas que destroem nossos recursos naturais em nome dos seus lucros. Enquanto isso aqui parlamentares e membros do Governo Bolsonaro surgem com propostas "milagrosas" para poupar energia: que diminua-se o número de banhos e não se use chuveiro-elétrico, ar-condicionado e ferro de passar de manhã e nos fins de semana.

O cenário verdadeiro sobre o consumo d’água mostra onde é o verdadeiro gargalo do desperdício. 72% do consumo de água no Brasil é destinado a agropecuária, 20% para a indústria e somente os 8% restantes de toda a água consumida é destinado para o uso doméstico.

Segundo Bento Albuquerque, a condição hidroenergética do País se “agravou” nos últimos meses, pois não teria chovido o esperado na Região Sul. O ministro também afirmou cinicamente que a crise seria um "fenômeno natural" e que também "ocorre, com a mesma intensidade, em outros países".

No pronunciamento, ele não citou a palavra "racionamento". Tais afirmações mentirosas encobrem a responsabilidade que o sistema capitalista, intrinsecamente predador com a natureza, tem com essa situação: a escassez de chuvas está profundamente atrelada ao desmatamento sistemático (produzido no Brasil principalmente pelo agronegócio), desmatamento esse que tem sangue indígena nas mãos e promove um desequilíbrio ecológico profundo.

Leia mais sobre os impactos do agronegócio em: Céu escurece em São Paulo às 15h e queimadas podem ser a explicação

Logo, a assustadora crise hídrica que se desenha em nossas frente hoje nada tem de natural, pelo contrário, foi produzida pelos mesmos agentes que hoje apontam o dedo para a população pobre e dizem que precisam racionar água.

Para dimensionarmos o tamanho da crise, o ministro disse que a perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia da cidade do Rio de Janeiro, por cerca de cinco meses.

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