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Racismo
Rio Grande do Norte tem a maior taxa de homicídios de negros do país
Redação

O Rio Grande do Norte é o estado brasileiro com pior índice proporcional em relação a mortes de negros, de acordo com dados do Atlas da Violência 2021 divulgado ontem, terça-feira (31).

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Foto: Reprodução

O estudo que foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), revelou também que o RN teve o segundo maior aumento percentual das taxas de homicídios na parcela negra da população em 10 anos, ficando atrás apenas do Acre.

Como a pesquisa é retroativa em dois anos, os resultados mostrados nesta edição do Atlas são referentes aos números de 2019. A diferença entre os números de risco de morte de negros e brancos vem crescendo em níveis elevados desde 2008, segundo os dados divulgados pelo Atlas.

A proporção é obtida com a relação do número de mortes de negros por 100 mil habitantes. Nesse índice, o Rio Grande do Norte tem o pior índice proporcional, com 55,6 mortes em relação ao quantitativo de 100 mil pessoas. Para efeitos comparativos, a proporção do Brasil é de 29,2 homicídios/100 mil pessoas. Completam a lista Sergipe (51,5), Amapá (51,1), Bahia (47,2) e Pernambuco (45,3). A taxa de homicídios de negros no RN saiu de 27,7 em 2009 para 55,6 em 2019.

Em números absolutos, 1.194 negros foram vítimas de homicídios em 2019 (último ano do estudo), número 95,1% maior do que os 612 negros que morreram dez anos atrás, em 2009. O crescimento percentual em relação aos números absolutos foi uma tendência nacional com um aumento de 1,6%. O maior aumento percentual foi no Acre, com um crescimento de 168,9% no mesmo período (103 mortes em 2009 contra 277 em 2019).

A análise foi feita com base em registros reunidos pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde e tem metodologia e abrangência nacional, tal banco de dados é historicamente considerado a principal fonte para medir indicadores de violência no País e avaliar o perfil das vítimas.

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