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Conta de luz
Com alta inflação, desemprego e carestia de vida, Bolsonaro aumentará conta de luz
Redação

O governo poderá anunciar hoje (terça-feira, 31) o novo valor da bandeira tarifária cobrada na conta de luz. A expectativa é que o valor suba para 50% ou mais. O aumento no preço da energia é um dos fatores principais no aumento da inflação, que pode superar os 7% em 2021. Com isso, vai se encarecendo ainda mais os custos de vida para a classe trabalhadora e o povo pobre, no marco de cerca de 19 milhões de pessoas em situação de fome e de 14,1% de índice de desemprego.

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Imagem: Getty Images

A proposta de elevação dos custos foi apresentada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) nesta segunda-feira (30).

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Os trabalhadores e a população vem pagando R$ 9,49 a cada 100 kWh (quilowatt-horas) consumidos. Se houver o aumento nos preços nesta terça, será a segunda elevação do valor desde o fim de junho, quando a bandeira mais cara foi reajustada em 52%.

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O CMSE aprovou nesta segunda-feira a operação de três novas térmicas, incluindo as usinas Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e Cuiabá, no Mato Grosso, que poderão ser acionadas entre outubro e março de 2022. Já a usina Termonorte 1 poderá ser acionada por um período de seis meses a partir de setembro de 2021.

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A consultoria Volt Robotics diz que o Brasil tem hoje 30 hidrelétricas já sofrendo perda de potência por causa dos baixos níveis dos reservatórios. O impacto na geração de energia soma 7 GW (gigawatts), o equivalente à metade da capacidade de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo.

Essa suposta perda de potência ocorre em usinas que hoje operam com menos de 25% de sua capacidade de armazenamento de água. Elas somam uma potência instalada de 23,5 GW, o equivalente a um quinto da capacidade hidrelétrica brasileira.

Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), algumas dessas usinas podem chegar a novembro com menos de 10% de sua capacidade de armazenamento de energia, caso o país não consiga novas fontes de geração e não tenha sucesso no incentivo à economia de luz.

Mas, 2020 foi o quarto melhor ano da última década, em relação ao volume de água que entrou nos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras, porém dos 51.550 MW médios, foram produzidos apenas 47.300 MW médios. Onde foram parar os outros 4.250 MW médios?

E, como já denunciamos aqui, um elemento importante do aumento desses preços é que as usinas hidrelétricas vinham jogando água fora, para manter os lucros dos capitalistas, isto é, mesmo havendo água estavam abrindo as comportas, para abaixar o nível dos reservatórios, justamente com o objetivo de encarecer a energia elétrica. Ou seja, as hidrelétricas vinham gerando escassez justamente para aumentar as tarifas, buscando garantir os lucros capitalistas às custas da situação de vida cada vez pior da classe trabalhadora e do povo pobre.

Além disso, o desmatamento da natureza, em especial da Amazônia, estimulado por Bolsonaro e pelo agronegócio, está diretamente ligada a essa crise hídrica, como também já denunciamos aqui.

O aumento no preço da energia é um dos fatores principais no aumento da inflação, que pode superar os 7% em 2021. Com isso, vai se encarecendo ainda mais os custos de vida para a classe trabalhadora e o povo pobre, que vê de forma desesperadora o contínuo aumento dos preços do arroz, do feijão, da cesta básica, do gás de cozinha, da gasolina, do aluguel, entre outras coisas, no marco de cerca de 19 milhões de pessoas que vivem em situação de fome no Brasil e de 14,1% de índice de desemprego no país. Bolsonaro, Mourão e demais golpistas do regime, como STF, militares, Congresso e governadores, defendendo os interesses do agronegócio e demais setores da burguesia, seguem empurrando a classe trabalhadora e o povo pobre para a fome e para a miséria.

Editorial MRT: 7 de setembro: enfrentar Bolsonaro, os ataques e a medida ditatorial de Doria nas ruas

Veja o ED Comenta de ontem (segunda-feira, 30):

 
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