Imagem: Pará PF/Divulgação
Segundo os dados coletados pela organização MapBiomas, a área de garimpo em 1985 era de 31 mil hectares, crescendo para 206 mil hectares até 2020, um aumento de quase seis vezes. Os estados com maiores áreas mineradas são o Pará, Minas Gerais e Mato Grosso.
O crescimento da mineração industrial se deu de forma constante nesse período, mas a expansão da área de garimpo deu um salto a partir de 2010, quadruplicando a taxa de crescimento. Hoje a área de garimpo excede a área de mineração e 93% de sua área se encontra na Amazônia.
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O crescimento das atividades são as custas de desmatamento intenso: o desmatamento apenas para a mineração na Amazônia entre janeiro e agosto de 2020 já supera a área desmatada durante todo o ano de 2020. Além disso, são atividades instaladas em áreas protegidas, ameaçando unidades de conservação e desrespeitando as demarcações das terras indígenas: apenas entre 2010 e 2020, a área minerada em terras indígenas cresceu 495%.
A política de Bolsonaro e Mourão de incentivar o garimpo ilegal e autorizar a mineração ilegal dentro de território indígena escancara a necessidade da luta que os povos originários vem traçando na última semana em Brasília, contra o marco temporal e contra a PL 490, e que mostra o caminho para a luta contra a extrema direita que está disposta a destruir o planeta em nome do lucro.
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