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Declaração do Pão e Rosas
Justiça por Raiana, babá mantida presa pela patroa
Pão e Rosas
@Pao_e_Rosas

O absurdo caso de Raiana, trabalhadora doméstica que atuava como babá na casa de sua patroa, nos mostra a urgência de derrubar o capitalismo e o patriarcado, utilizando o feminismo socialista como guia para vingar aqueles e aquelas que são vítimas dos patrões que lucram com nosso sangue.

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Raiana iniciou o seu trabalho para cuidar de três crianças, em Salvador (BA), na quinta-feira da semana passada (19), e no sábado (21), informou à patroa que não poderia continuar trabalhando e que procuraria outro emprego. Depois disso, a patroa começou a dar início a uma série de agressões, físicas e verbais, tendo-a trancada no banheiro de seu apartamento, e eventualmente retido o seu aparelho celular, culminando na fuga desesperada pela janela por parte da babá.

Essa atrocidade lembra o caso de Mirtes Renata, também trabalhadora doméstica, que perdeu seu filho por conta da negligência de sua patroa Sari Corte Real, que não quis cuidar nem por 1 segundo da criança, enquanto Mirtes passeava com o cachorro da patroa. Não é à toa que esses casos acontecem ainda mais com mulheres negras, que, no Brasil, são a face da precarização e do projeto que o capitalismo reserva aos trabalhadores de conjunto. Isso nos mostra que as mulheres burguesas não estão ao nosso lado, é o tipo de absurdo que prova que o gênero simplesmente não é o que nos une. O que delimita os contornos da opressão é a classe, e são as mulheres trabalhadoras que mais sofrem e mais são exploradas e oprimidas com a bestialidade capitalista.

Por isso, nós, mulheres trabalhadoras, temos imensa solidariedade com Raiane, Mirtes e as tantas vítimas desse sistema. Além da solidariedade, exigimos justiça, a qual arrancaremos com a força da nossa luta organizada ao lado da classe trabalhadora. Para isso, é necessário derrubar esse sistema que se utiliza do patriarcado para explorar ainda mais as mulheres trabalhadoras e, no Brasil, sobretudo, as mulheres negras. Nós do Pão e Rosas nos colocamos a serviço disso e apontamos que é necessário sermos linha de frente para derrubar o capitalismo e o patriarcado com a força daquelas que sendo as que mais sofrem com o velho, são as que mais aspiram pelo novo.

 
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