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Elitização das universidades
Inscrição de negros e indígenas no Enem 2021 cai mais de 50% e tem menor número desde 2007
Júlio Dandão

Enem registra, em 2021, o menor número de inscrições dos últimos 14 anos. Em comparação com a última prova, há 2,7 milhões de inscritos a menos, sendo 1,8 milhão negros e indígenas. Elitização da universidade pública caminha a passos largos.

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UFBA - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A conquista das cotas raciais e sociais na universidade pública vem sendo destruída nos últimos anos. Desde o governo Dilma há cortes bilionários no ensino superior, mas com o golpe de 2016 e a eleição de Bolsonaro a situação se agrava ainda mais. A pandemia, misturada com o obscurantismo e o desprezo pela ciência e pelos negros e indígenas, criou um combo que está levando a uma elitização do ensino superior cada vez maior.

Em 2020 houve um total de 5.783.483 inscritos no Enem, contraste acentuado com os 3.109.762 inscritos deste ano. Se em 2020 os estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas compunham 63,2% do total de inscritos, esse ano eles compõem 56,4%. Os brancos saltaram de 35,7% para 41,5% no mesmo período.

A pandemia afeta mais brutalmente a população pobre do país, e consequentemente a população negra e indígena. A maior dificuldade de acesso ao Ensino Remoto, ou mesmo de seguir estudando diante da crise econômica, se expressa nesses dados divulgados pelo próprio Enem.

A tendência é essa diminuição significar uma maior elitização do ensino superior, que via de regra já é bastante elitizado.

Feito com dados do G1

 
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