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Greve de Ferroviários de SP
"Vamos lutar porque sem luta não tem vitória", diz maquinista da CPTM em greve
Redação

Veja depoimento de R, maquinista da CPTM em greve, contra os ataques de Doria e Baldy aos ferroviários de SP.

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“Nosso motivo de greve é que estamos reconsiderando uma perda salarial há muito tempo já, pelo menos há uns dois anos, mal estamos tendo a reposição da inflação. O que mais deixa a gente chateado com a situação, é a gente tá aqui todo dia, principalmente com a pandemia, nesse um ano e meio, se arriscando perdendo os colegas de serviço. Eu mesmo por exemplo peguei covid provavelmente no ambiente de trabalho, como muitos outros aqui. A ferrovia não parou, o transporte público não parou.

(...)

O que mais deixa irritado é em relação às coisas do alto grau da pirâmide. Do ponto de vista estratégico, a gente que tá no operacional a gente não sabe o que tá se passando lá em cima.
As notícias que a gente ouve, dos benefícios pra CCR por exemplo, os relatos aí que pra linha 4 do metrô eles repassam muito dinheiro, pra CCR. Na linha 5 também e agora 8 e 9 da CPTM.
Os caras lá, eles querem tudo pra eles, querem enxugar o número de empregados e pagar o menos possível, se pudessem fazer todo mundo trabalhar de graça, voltar ao tempo da escravidão. Essa concessão da 8 e 9 eu achei inadmissível.

(...)

Eu recordo o dia da concessão da 8 e 9, foi na bolsa de valores, todo mundo se abraçando, todo mundo comemorando lá, a secretária, o safado do governador, os diretores da CCR, mas na verdade era tudo carta marcada, todo mundo sabia quem ia ganhar. E eu ouvi o comentário de que o governador falou pras outras empresas não ficarem tristes que tinha mais coisa pra vender ainda. E ainda vem um secretário que foi preso, ocupando cargo público e vem falar que greve é inadmissível. Inadmissível é e estar solto e ocupando cargo público.
No dia da greve do metrô ele soltou uma nota falando que era inadmissível o que os metroviários estavam pedindo e que a maioria da população brasileira ganha muito abaixo do que os metroviários estão ganhando, então que não estava entendendo.
Da vontade de perguntar pro secretário, e o salário dele quanto é? Isso que é o mais revoltante.

(...)

De certa maneira ninguém queria chegar nessa situação de greve. Ninguém quer, só que parece que eles forçam, parece que é tudo caso pensado pra poder ter justificativa, pra poder vender tudo. Mas vamos lutar porque sem luta não tem vitória.”

 
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