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Frente pela Unidade da Classe Trabalhadora no Chile
Eleições chilenas terão uma alternativa de esquerda dos trabalhadores e que propõe romper o acordo de paz
La Izquierda Diario Chile

Com o apoio das trabalhadoras em greve dos supermercados Tottus (propriedade da multimilionária família Solari) e de familiares dos presos políticos da rebelião, a Frente pela unidade da classe trabalhadora registrou suas candidaturas para senado, parlamento e conselheiros regionais, que serão disputadas nas eleições de novembro a nível nacional.

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A Frente pela Unidade da Classe Trabalhadora está sendo conformada pelo Partido de Trabalhadores Revolucionários (PTR) - organização irmã do MRT do Brasil e que impulsiona a rede La Izquierda Diario no Chile - o Movimento Socialista de Trabalhadores (MST), a Força de Unidade e Luta, a Revista El Porteño, a Unidade de Trabalhadores (UT) e a organização Socialismo Revolucionário (SR).

Confira aqui a declaração programática da Frente pela Unidade da Classe Trabalhadora no Chile

Joseffe Cáceres, trabalhadora da limpeza, dirigente da Associação de Funcionários da UMCE e candidata ao parlamento pelo distrito 12:

Nos disseram toda a vida que nós trabalhadores não podemos fazer política, é por isso que todo parlamentar deve ganhar igual um trabalhador qualificado, pra que a política não seja um negócio.

Joseffe reivindicou a luta pela liberdade das presas e presos políticos da revolta, que é um dos elementos centrais da candidatura, que denuncia a subordinação da Frente Ampla e de setores da Lista del Pueblo ao acordo de paz firmado em 15 de novembro de 2019. “É por isso que enviamos uma forte saudação às famílias que hoje em dia lutam por justiça e castigo pelos crimes da repressão, à família de Cristian Valdebenito, que está presente hoje”, disse à imprensa.

Suely Arancibia, estudante e trabalhadora do Hospital Barros Luco, candidata pelo distrito 13, fez uma importante denúncia e um chamado à juventude combativa:

Os grandes excluídos hoje seguem sendo aqueles que pularam as catracas, muitos dos que estão presos pelas mãos do Estado e os milhares de estudantes secundaristas a quem o regime nega o direito ao voto e criminaliza constantemente. Exigimos alto e claro que se aprove agora o direito ao voto desde os 14 anos

Dauno Tótoro, perseguido político pelo governo de Piñera e ativista de direitos humanos, candidato pelo distrito 10, foi enfático ao destacar que no Chile: “Precisamos de uma esquerda consequente que não aceite as regras da cozinha institucional, porque a esquerda parlamentar não foi capaz de enfrentar o governo, se subordinando ao acordo de paz e na Convenção Constituinte dança ao ritmo imposto pela direita, por exemplo, respeitando o quórum dos ⅔”.

Dissem, além disso, que a alternativa que registraram se propõe a enfrentar a ultra-direita: “O Partido Republicano, Kast e Marinovic que supostamente criticam os privilégios dos políticos tradicionais, não são mais do que defensores do pinochetismo mais reacionário e dos genocidas. Enfrentaremos e derrotaremos eles nas ruas.”

Entre seus candidatos também está Lester Calderón, dirigente sindical de Orica em Antofagasta e ex-candidato a governador que obteve mais de 20 mil votos em sua última eleição, e agora é pré-candidato a deputado pelo mesmo distrito:

Vamos por uma Frente de esquerda anticapitalista e das e dos trabalhadores, que lute por um programa que parta das demandas de outubro, mas que levante uma saída socialista e revolucionária, e para isso apresentaremos candidaturas junto a outras organizações em diversos distritos do país, para que atuem como tribunas a serviço das lutas dos trabalhadores, enfrentando a direita e denunciando o papel que vem tendo os partidos reformistas nesse contexto.

Dauto Tótoro, dirigente do PTR, também disse: “Junto com nós estão trabalhadoras em greve e familiares dos presos políticos, a aprovação da lei de indulto nós vamos conquistar com mobilização. À serviço disso levantamos uma alternativa de uma esquerda consequente, uma esquerda que não se subordine aos poderes do regime nem seus acordos. Para terminar com a herança da ditadura e com esse Chile dos 30 anos”.

Também estão presentes candidaturas de trabalhadores, como a de Joanna Pacheco, trabalhadora da Saúde de APS há 15 anos, dirigente sindical e observadora de direitos humanos da comuna de Puente Alto:

Estamos aqui para mudar desses políticos reacionários, estamos aqui pela efetivação dos terceirizados e pelo fim dos subcontratos

Javier Ayarce, “Sin Permiso”, ativista das dissidências sexuais e de gênero em luta e militante do MST, candidato a conselheiro regional:

Queremos disputar nossos espaços, que não decidam por nós. Pela unidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais!

 
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