Imagem: Bolsonaro com um dos líderes do Centrão, Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil/ Marcos Corrêa/PR.
Segundo o colunista do jornal O Globo, Bolsonaro ofereceu quatro novos ministérios para o Centrão, grupo fisiológico e golpista que já detém quatro das 23 pastas de Ministério.
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De acordo com o jornal El País, os ministérios seriam divididos igualitariamente entre indicados por senadores e deputados de partidos como PL, PP e Republicanos, mas ainda não se sabe quais são exatamente os cargos. Segundo o jornal, duas possíveis áreas são o Desenvolvimento Regional e o Turismo, o que faria o presidente liberar seus atuais ocupantes, Rogério Marinho e Gilson Machado, que iriam iniciar suas campanhas eleitorais para governadores em seus Estados, com Marinho podendo concorrer a governador ou senador pelo Rio Grande do Norte e Machado querendo ser Senador por Pernambuco.
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O jornal também afirma que, conforme relatos de políticos próximos ao presidente, Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, pode ser removido do cargo.
Há também a hipótese de que, até abril de 2022, quando os candidatos são obrigados pela legislação eleitoral a deixar os ministérios, outras dez pastas sofram mudanças, como é o caso do Ministério da Agricultura, controlada por Tereza Cristina (DEM-MS), que vai tentar a reeleição para deputada federal, e do Ministério do Trabalho, pois há a possibilidade de que o ministro e deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) concorra a governo do Rio Grande do Sul. Os ministros Anderson Torres, da Justiça e a dos Direitos Humanos, Damares Alves, também podem concorrer em 2022, estreando nas eleições.
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Se essa reforma ministerial de fato ocorrer, o Centrão aumentará ainda mais sua presença no Governo, não tendo necessariamente que ter os cargos ocupados por lideranças políticas, como no caso do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), que agora ocupa a Casa Civil, mas pode ser que sejam ocupados por nomes apresentados como “técnicos”.
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