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Nota da Faísca
Por um movimento estudantil auto-organizado contra a extinção e privatização da UERJ
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Nesta quinta-feira (19) foi oficializado no Diário Oficial da ALERJ um Projeto de Lei que defende a extinção e censura da UERJ. Essa PL é de autoria do deputado estadual Anderson Moraes do PSL, deputado bolsonarista que nessa pandemia mostra a face obscura da extrema direita no Rio de Janeiro.

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O projeto de Lei do deputado estadual Anderson Moraes foi oficializado no Diário da ALERJ nesta quinta-feira (19), a proposta do deputado bolsonarista é transferir os alunos da UERJ para universidades privadas e quem não for contemplado por essa transferência seria transferido para UEZO e UENF. Além disso, esse projeto de Lei proíbe realização de eventos políticos-partidários em qualquer espaço da UERJ, filiação partidária de reitores e vice reitores e a transferência dos imóveis da UERJ para a Secretaria de Fazenda para vendas futuras dos imóveis da UERJ para projetos de pesquisas para as universidades privadas. Mais uma vez a extrema direita prova o quanto é reacionária e inimiga do povo, defendendo a privatização da universidade pública para os interesses privados.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ durante seus anos de existência já sofreu inúmeras tentativas de privatização, um exemplo disso, foi durante o mandato do ex governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão do MDB, que atrasou durantes vários meses os salários dos professores, técnicos e terceirizadas. Além disso, os estudantes sofreram com os atrasos das bolsas permanência e cortes nos projetos de iniciação científica.

No primeiro ano do governo de extrema direita de Bolsonaro e Mourão, Rodrigo Amorim, deputado do PSL, tentou avançar com um projeto de lei pelo fim das cotas raciais na universidade. Esse é o mesmo deputado estadual que durante as eleições municipais no Rio de Janeiro quebrou a placa da Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada covardemente. O deputado Anderson Moraes do PSL e bolsonarista faz parte e defende essa mesma política de ataque, violência e extinção da ciências e direitos democráticos ao povo.

A UERJ foi a primeira universidade do país a adotar o ensino noturno, para comtemplar estudantes trabalhadores também a primeira a instituir cota racial e social para estudantes negros e pobres. Num país marcado pelo racismo e pela desigualdade estrutural, a existência da UERJ e o quantitativo de alunos pobres e negros inseridos no ensino superior é um verdadeiro incômodo para a direita e extrema direita do Brasil. Justamente por isso que a extrema direita e a direita por inúmeras vezes tentam acabar com a universidade e colocá-la nas mãos da iniciativa privada. Contudo, todas essas tentativas foram barradas pela força e mobilização dos trabalhadores em unidade com os estudantes em ações de lutas como greves, manifestações, piquetes e paralisações.

o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UERJ, atualmente gerido em conjunto pelas juventudes do PT, PCdoB e Levante Popular, precisa urgentemente organizar assembleias de base com o conjunto dos estudantes para enfrentar todo esse projeto de universidade à serviço dos interesses privados. Para isso, também é preciso lutar contra o governo de extrema direita de Bolsonaro e Mourão que durante essa pandemia vem atacando a classe trabalhadora e a juventude. É preciso batalhar nas universidades pela aliança entre estudantes e trabalhadores, para barrarmos as tentativas de extinção e censura contra a UERJ. Para isso acontecer, é preciso confiar na auto organização estudantil que levará a mobilização de fato dos estudantes com os trabalhadores. Não podemos confiar em representantes políticos da ALERJ que votaram favoráveis a outras privatizações que afetam diretamente o conjunto dos trabalhadores, como a privatização da CEDAE.

É com essa política de unidade e de chamado à esquerda que nós da Juventude Faísca batalhamos nos locais de estudos, por uma universidade pública, gratuita e à serviço dos interesses da classe trabalhadora e para que a luta dos negros, mulheres e movimento LGBT seja representada no currículo acadêmico da universidade. Lutamos também pelo fim do vestibular, que atua como um filtro social racista e eletista e anualmente impede milhares de jovens negros e pobres de entrarem na universidade.

 
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