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Bonapartismo Institucional
Pressionado por atores institucionais, Aras se desvincula das críticas ao voto eletrônico
Redação

Em recente entrevista, o procurador-geral da República, Augusto Aras, que vem sendo pressionado pelo STF e por senadores, se desvinculou da retórica favorável ao voto impresso, amplamente defendido pelo Bolsonarismo, afirmando que legitimou todas as eleições que participou em seu mandato até então.

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IMAGEM: Ed Alves/CB/D.A Press

Na última quarta-feira (18), o procurador-geral da República, Augusto Aras concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, na qual, questionado sobre a confiabilidade do sistema eleitoral em urnas eletrônicas, no marco das declarações críticas de Jair Bolsonaro, apontou que participou diretamente na análise das eleições em seu mandato, legitimando todas elas.

Segundo Aras em sua entrevista:

“(…) Juridicamente, o procurador-geral da República participou, na minha gestão em especial, de todos os atos pertinentes às eleições, legitimando as eleições, todas elas, inclusive com a minha pessoa, eu presente fisicamente a todos os atos com o ministro Barroso. (…)”

“(…) Então, do ponto de vista do Ministério Público Eleitoral, representado pelo procurador-geral da República, cujo cargo monocrático tem todos esses subprocuradores-gerais da República atuando em seu nome, se manifestou à sociedade positivamente ao sistema eleitoral. (…)”

Com isso, o procurador acabou se desvinculando de toda a retórica crítica ao sistema de votação que utiliza urna eletrônica, proferido pelo Bolsonarismo, se delimitando assim também do presidente, para quem Aras tem sido um importante aliado. O Procurador-Geral da República se encontra pressionado por atores institucionais, como o STF e senadores de oposição.

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No mesmo dia em que concedeu a entrevista, foi protocolado ao Supremo Tribunal Federal, uma notícia-crime pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciando que Aras supostamente cometeu o crime de prevaricação, ou seja, quando um funcionário público atrasa ou deixa de praticar, de forma indevida um ato de ofício, ou quando se há uma atuação contrária à lei, devido a objetivos pessoais.

Para os senadores, o Procurador-Geral da república foi omisso diante dos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro; ao dever de defender o regime democrático brasileiro; e ao dever de fiscalizar o cumprimento da lei no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Além disso, nessa mesma semana, a ministra Cármen Lúcia do STF, intimou que a Procuradoria-Geral da República para que se manifeste sobre uma recente notícia-crime contra o presidente Bolsonaro, em que se denuncia uma suposta propaganda eleitoral antecipada, por parte do presidente em uma transmissão nas redes sociais e pela Empresa Brasil de Comunicação. Intimação essa que é também recorrente do STF para a PGR de Aras.

Com isso, as denúncias procedem, ainda que a procuradoria não tenha se manifestado mais acerca dessas declarações.

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