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Evento virtual
Abaixo a intervenção imperialista e o fundamentalismo do Talibã, participe hoje do debate sobre o Afeganistão pelo Zoom
Luiza Eineck
Estudante de Serviço Social na UnB

Nos últimos dias vimos cenas absurdas do povo afegão tentando fugir do país, após a tomada do poder pelo grupo fundamentalista e opressor, o Talibã. O grupo emergiu ao poder com apoio militar da China, após a retirada das tropas americanas do país. A intervenção imperialista dos Estados Unidos no Afeganistão durou 20 anos. Após a enorme devastação promovida pelos EUA ao povo afegão e ao país, o terror no país parece não estar próximo de seu fim. O cenário conflituoso internacional atualiza a dinâmica da disputa hegemônica entre os EUA e a China. Quer saber mais sobre o que acontece no Afeganistão sob uma visão marxista? Participe do debate que acontecerá hoje pelo Zoom às 18h30, link de inscrição abaixo.

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A intervenção devastadora dos EUA no Afeganistão foi o conflito militar mais longo que o país imperialista já enfrentou, deixando milhares mortos e o país ainda mais na miséria. É clara a hipocrisia da política de “guerra ao terror” dos Estados Unidos, iniciada em 2001, que não passou de uma política hegemônica e de submissão forçada de povos aos interesses do imperialismo ianque.

Leia mais: O avanço do Talibã no Afeganistão demonstra a hipocrisia da guerra ao terror dos EUA

O Talibã, grupo de fundamentalistas burgueses e islâmicos marcado por ser profundamente opressores, machistas e homofóbicos, recentemente tomou o poder do país (e suas principais capitais). O Talibã também é um verdadeiro terror à população, baseado em um regime violento e de brutal repressão às mulheres. O desespero é claro nas cenas que viralizaram na internet dos afegãos tentando fugir no avião que saia de Cabul, capital do país.

O rápido avanço do Talibã ao poder, por um lado se liga à retirada das tropas norte-americanas das terras afegãs, mas também ao apoio militar recebido da China e da Rússia. Tudo isso aprofunda o declínio da hegemonia norte-americana e marca uma importante virada na política externa norte-americana (e internacional) na tentativa de responder a esse declínio, e à crise agora aberta para Biden - que como esperado dá continuidade à política de Trump -, e seus desafios no cenário internacional. Os acontecimentos marcam uma importante dinâmica na política internacional e no que diz respeito às disputas entre os Estados Unidos e a China pelo pólo gravitacional do capitalismo. Agora os EUA buscará centrar suas forças contra a China, e Rússia.

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A China, por sua vez, possui grandes interesses políticos e econômicos - e não de manutenção da paz no Afeganistão -, principalmente, para seu projeto de “Nova Rota da Seda”. Ter aliados no país é uma grande vantagem para ela em sua busca de ascensão como potência hegemônica. Não podemos deixar pontuar que a burocracia do Partido “Comunista” Chinês apoia o Talibã, inclusive, a China, e a Rússia, reconheceram publicamente o governo do Talibã, reafirmando, para o desespero dos stalinistas, que de comunista a China não tem nada, só o nome mesmo.

Leia mais: Os horrores do Talibã tem um novo apoio: a burocracia do Partido Comunista Chinês

As tensões entre as potências imperialistas não diminuem, pelo contrário reafirmam o momento histórico de “crises, guerras e revoluções (proletárias)” definido por Lênin no século passado, mas que se mantém mais atuais do que nunca.

Nós do Esquerda Diário e MRT, parte da Fração Trotskista - Quarta Internacional, prestamos todo apoio e solidariedade a luta do povo afegão contra todo tipo de opressão e violência, tanto imperialista quanto fundamentalista do Talibã. Temos confiança que apenas a força revolucionária do proletariado internacional através de uma política independente e de aliança aos mais oprimidos como as mulheres, pode mudar o curso da história e libertar os povos da dominação imperialista e fundamentalista burguesa.

Sob a ótica marxista para analisar a dinâmica internacional, resgatando os fios de continuidade do marxismo revolucionário, que na nossa época é o trotskismo, e buscando tirar as lições estratégicas dos processos históricos da luta de classes, entendendo a dinâmica por trás dos acontecimentos políticos, o Esquerda Diário realizará um debate hoje, 19/08, sobre o que está acontecendo no Afeganistão às 18h30 pela plataforma Zoom. André Barbieri, editor internacional do Esquerda Diário e apresentador do Podcast Internacional, e Marie Castañeda, apresentadora do programa Giro Internacional, estarão conduzindo o debate. Participe!

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