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Bolsonarismo e educação
Ministro da Educação, Ribeiro diz que alunos com deficiência “atrapalham” outros alunos
Redação

Milton Ribeiro também disse na mesma entrevista que a “universidade deveria ser para poucos". Declarações asquerosas como essas escancaram mais uma vez o fato de que o reacionário governo Bolsonaro e Mourão querem excluir ainda mais a juventude e demais setores do acesso à educação, tornado as salas de aula cada vez mais segregadas e elitizadas.

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Foto: Carolina Antunes/PR

Milton Ribeiro, atual Ministro da Educação, afirmou em entrevista ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, na segunda-feira (09/08), que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalham” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição.

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“A questão da criança, da deficiência, que é uma das questões que passa pelo nosso ministério foi tratada. E eu acho também, por razões mais ideológicas do que técnicas, [que] ela foi rejeitada por um grupo que fez um pouco mais de barulho e o assunto foi levado ao STF . O assunto está lá para análise porque se julgou que a nossa lei era uma lei excludente. Uma lei que não olhava com carinho para os deficientes e suas famílias, mas ao contrário”, disse, informando que pessoas de sua equipe tem deficiência.

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Continuou, dizendo que “no passado, primeiro, não se falava em atenção ao deficiente. Simples assim. Eles fiquem aí e nós vamos viver a nossa vida aqui. Aí depois esse foi um programa que caiu para um outro extremo, o inclusivismo. O que que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava, entre aspas, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial. E assim foi. Eu ouvi a pretensão dessa secretaria e faço alguma coisa diferente para a escola pública. Eu monto sala com recursos e deixo a opção de matrícula da criança com deficiência à família e aos pais. Tiro do governo e deixo com os pais”.

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Nessa mesma entrevista, Ribeiro disse que a “universidade deveria ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade”.

Ribeiro disse que os institutos federais, com ensino tecnológico e profissionalizante, serão "a grande vedete" no futuro. Ele disse estar cansado de encontrar motoristas que têm graduação completa "Tem muito engenheiro, advogado, dirigindo Uber porque não consegue a colocação devida, mas, se fosse técnico em informática, estaria empregado porque há demanda muito grande", disse o ministro, invertendo a lógica do problema do desemprego que assola a juventude para dizer que o acesso ao ensino superior público deveria ser ainda menor do que é hoje.

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"Então, o futuro são os institutos federais, como é na Alemanha hoje. Na Alemanha, são poucos os que fazem universidade. A universidade, na verdade, deveria ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade", completou Ribeiro. Ainda segundo o ministro, metade das vagas nas universidades é destinada a cotas e a outra parte vai para os "alunos melhor preparados". "Eu acho justo, considerando que os pais desses meninos tidos como ’filhinhos de papai’ são aqueles que pagam os impostos do Brasil, que sustentam bem ou mal a universidade pública. Não podem ser penalizados."

São declarações absurdas como essas, com um caráter racista, elitista e de exclusão dos deficientes, que escancaram o projeto para a educação de Bolsonaro e Mourão, em conjunto com a Câmara e o Judiciário, todos unidos para privatizar os Correios, aprovar a escandalosa MP 1045 que permite a contratação de jovens sem vínculo trabalhista, sem férias, FGTS ou 13°, para corresponder ao país das reformas, do trabalho precário, da fome e do desemprego, cortando bilhões da educação, na esteira de uma série de ataques, de precarização do trabalho, da fome e do desemprego, cortando bilhões da educação e excluindo milhões de jovens do acesso à educação.

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