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GREVE MRV
O que é o Comitê da Unicamp em apoio à greve dos trabalhadores da MRV?
Faísca Unicamp
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Estudantes da Unicamp constroem comitê em apoio a greve dos trabalhadores da MRV. Impulsionado pelo CACH (Centro Acadêmico de Ciências Humanas) o comitê vem se organizando no sentido de concentrar apoios e iniciativas de fortalecimento da luta dos trabalhadores da construtora MRV que estão em greve há 30 dias, reivindicando a PLR (participação nos lucros e resultados da empresa) e melhores condições de trabalho, tendo em vista que a empresa, mesmo lucrando milhões ao ano, não paga o que é de direito dos trabalhadores e lhes submete a condições de trabalho análogas a escravidão. Os trabalhadores seguem firmes na luta contra a empresa e é nosso dever como Movimento Estudantil cercar de solidariedade para fortalecer suas batalhas.

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Entendendo a centralidade da unidade entre estudantes e trabalhadores, a Faísca Revolucionária, parte da chapa minoritária da gestão proporcional do CACH, levou a frente a proposta da conformação de um comitê da Unicamp em apoio à luta desses trabalhadores, que são em sua maioria negros e nordestinos. Viemos chamando outros Centros Acadêmicos, entidades estudantis além de trabalhadores da universidade para se somarem nesta iniciativa e potencializar nossa organização de apoio à greve.

O comitê, que está sendo construído por diversos estudantes, é um organismo que engloba todos aqueles que se solidarizam com a greve e veem nessa mobilização uma oportunidade de fortalecimento dos mecanismos de luta da classe trabalhadora, assim como um forte exemplo de como estruturar nossas batalhas contra o avanço reacionário do governo Bolsonaro e Mourão e das instituições que compõem o regime político fortalecido com o golpe institucional de 2016.

Torna-se ainda mais importante que os estudantes da Unicamp cerquem este conflito de solidariedade tendo em vista que a MRV é a financiadora do Instituto Iungo, que desde dezembro de 2020 acordou uma parceria com a Faculdade de Educação. Isso demonstra o quanto a burocracia acadêmica, que ocupa os principais espaços deliberativos da universidade, tem interesse em colocar a educação e a produção científica a serviço dos grandes capitalistas e não das demandas da classe trabalhadora.

Nas últimas duas sextas-feiras, aconteceram reuniões do Comitê, nas quais discutimos o processo da greve e o exemplo que estão dando esses trabalhadores, que em meio a uma pandemia, com um governo extremamente reacionário, de Bolsonaro e Mourão que, além das mortes por Covid-19, impõe à classe trabalhadora índices exorbitantes de desemprego e miséria, o que se expressa na terrível fila do osso em Cuiabá, cruzam seus braços diante do canteiro de obras e se recusam a trabalhar enquanto não receberem seus direitos.

Nas reuniões encaminhamos ações que vieram acontecendo desde então, como a escrita de uma declaração de apoio a ser compartilhada com intelectuais da Unicamp; colagem de cartazes em pontos estratégicos da cidade para que outras categorias tomem conhecimento do conflito e possam de diferentes formas também apoiar; um ato unificado dos estudantes até o piquete dos trabalhadores no dia 5 e outras ações que ajudem a dar visibilidade para a greve, rompendo o isolamento imposto pela grande mídia.

Saiba quem são os intelectuais que cercam de solidariedade esta luta: Intelectuais apoiam a greve da MRV

Confira abaixo relatos de representantes de organizações da esquerda da universidade e estudantes sobre o comitê.

“É de extrema importância o apoio aos trabalhadores que ousam lutar pela garantia de seus direitos e melhor condição de trabalho. Por isso, os trabalhadores da MRV em greve devem receber total apoio dos estudantes, seja nos piquetes ou na divulgação da greve para que mais pessoas saibam que ela está acontecendo.

O comitê de apoio à greve, criado pelos estudantes da Unicamp, é um importante espaço para organizar essas ações de solidariedade com os trabalhadores.

Santa Bárbara D’Oeste é a segunda cidade em que os trabalhadores da MRV iniciaram greve, nos dias em que estive presente no canteiro de obra onde ocorre a paralisação, os trabalhadores estavam animados e reivindicando, principalmente, uma PLR justa, além de melhores condições de trabalho. Porém, houveram tentativas de desestabilizar a unidade entre os trabalhadores em greve, com os patrões mandando os trabalhadores embora mais cedo para não se mobilizarem em frente as obras, além de intimidações com mensagens no WhatsApp. Mesmo com essas ações os trabalhadores da MRV de Santa Bárbara seguem em greve junto aos trabalhadores de Campinas.”
Lucas Souza, estudante da Unicamp.

“Para mim, é de extrema importância estar ao lado desses trabalhadores em greve.

Nós da Faísca impulsionamos o comitê de apoio da Unicamp porque acreditamos na força da união da juventude e da classe trabalhadora. São mais de 700 trabalhadores parados em Campinas e em Santa Bárbara, essa luta tem uma força imensa. Esses trabalhadores dizem basta para a exploração da MRV, uma das maiores construtoras do Brasil que aumenta seu lucro na pandemia em detrimento dos direitos de quem produz esse lucro, com denúncias de trabalho análogo à escravidão.

Essa greve nos mostra a força que podemos ter, e é um exemplo que deve ser seguido pelos trabalhadores de todo o país, que sofrem dos ataques de Bolsonaro, Mourão e toda a direita. Com esses métodos de luta, os trabalhadores mostram o caminho de como enfrentar os governos. Por isso, eu estou ao lado desses trabalhadores e dessas trabalhadoras nos piquetes, nas ações, cobrindo pelo Esquerda Diário: porque acredito na força dessa greve, e acho que o comitê da Unicamp tem que ser um fator de inspiração às demais entidades estudantis e universidades a organizarem seus estudantes em apoio à essa greve!”
Juliana Begiato, estudante da Unicamp, membro do CACH e militante da Faísca Revolucionária

“A Greve da MRV em Campinas aponta o caminho a ser seguido por toda a classe trabalhadora, organizar a luta pela manutenção dos nossos direitos!
Lutar é um direito essencial para os que foram obrigados a trabalhar, se aglomerar nos transportes públicos e que arriscam suas vidas em meio a uma pandemia mundial. No Brasil ja foram ceifadas mais de 565 mil trabalhadores (oficialmente) por responsabilidade direta de Bolsonaro.

Nos, estudantes da Unicamp, demos inicio a uma ação de extrema importância, um Comitê de Apoio a Greve da MRV. O apoio não é somente em palavras, mas se expressa em ações e mobilizações em apoio a greve. Devemos seguir com a iniciativa, estreitar a unidade entre os setores do comitê e ampliar nossa base para apoiar a greve.

Essa greve, ja dura mais de 30 dias em meio a uma conjuntura explosiva mundialmente e nacionalmente. Estamos na porta de uma possibilidade e apostar nos setores mobilizados é a nossa tarefa essencial para agora.”
Mateus Pereira, estudante da Unicamp, militante do Vamos à Luta (PSOL)

“O Juntos expressa solidariedade e todo apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da MRV, iniciada no dia 13 de julho.

Além da força e da resistência dos trabalhadores num momento tão difícil que o país se encontra, essa greve está marcada pela solidariedade de classe e pela capacidade de organização, visto que estão há um mês paralisando vários canteiros de obras para reivindicar seus direitos.

A luta dos trabalhadores da MRV mostram o caminho e são um exemplo também para outras categorias de como é possível lutar, mesmo num momento difícil em que os governos e empresas se utilizam da crise sanitária e econômica para atacar e retirar as conquistas dos trabalhadores. Exemplo disso, é a própria empresa que tem lucrado milhões com diversos empreendimentos, mas se nega a garantir os direitos dos trabalhadores das obras.

Prestamos todo nosso apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da MRV! É fundamental que todos os estudantes abracem e cerquem de solidariedade essa justa greve.

O comitê criado em apoio a greve do MRV na Unicamp é uma iniciativa fundamental para buscar o apoio a luta dos trabalhadores e tem mobilizado e convidado vários estudantes para somar nessa luta. Que nossa aposta seja na organização dos trabalhadores e que toda essa indignação e disposição de luta contagie à todos cada vez mais!”
Luiz Gabriel, estudante da Unicamp e militante do Juntos (PSOL)

Venha compor com a gente o comitê e fortalecer a luta dos trabalhadores que dão um exemplo do caminho que devemos seguir para barrar as reformas, as privatizações e todos os ataques do governo Bolsonaro e Mourão. É na força da unidade entre a juventude e a classe trabalhadora que podemos dar uma saída para a crise despejada nas nossas costas.

 
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