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Dias antes da votação
Toma lá, dá cá do Congresso: Bolsonaro liberou R$ 1 bilhão em emendas pro voto impresso
Júlio Dandão

O Centrão, aliados, e partidos tradicionais em geral do Congresso foram agraciados com nada menos que R$ 1,03 bilhões em emendas parlamentares. A bufunfa foi liberada três dias antes de ser discutida na comissão especial da Câmara. Toma-lá-dá-cá entre Bolsonaro e o Congresso já está fazendo bodas.

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Foto: Bolsonaro e parlamentares golpistas festejando

O velho toma-lá-dá-cá surgiu de novo na votação da PEC do voto impresso e o centrão agradece. Era de se esperar que, além dos tanques mequetrefes e das ameaças golpistas, tivesse dinheiro envolvido.

E de fato tinha, e muito! Mais de R$ 1 bilhão foram liberados, em formato de emenda ‘cheque em branco’, pouco antes da votação na Câmara. Aparentemente a presença de Ciro Nogueira dentro do governo vem ganhando forma.

Essas emendas ‘cheque em branco’ consistem em um esquema mais fluído de repasse de verbas do executivo para os parlamentares. Com ele, os deputados e senadores que receberem as emendas, podem transferir recursos a prefeitos e governadores sem fiscalização. É uma forma de você agraciar a base parlamentar com dinheiro que é destinado, por sua vez, às suas bases eleitorais.

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    Dos 229 deputados que disseram amém ao voto impresso, 131 (57%) receberam verbas dessas emendas bilionárias no dia 2 de agosto, literalmente três dias antes da proposta ser debatida na comissão especial da Câmara.

    No total, R$ 931,7 milhões foram destinados a deputados enquanto que R$ 102 milhões aos senadores.

    Bolsonaro perdeu a votação, mas conseguiu uma maioria simples significativa. A adesão ao voto impresso, portanto, tem um importante dedo de toma-lá-dá-cá, ainda que não suficiente para aprovação da PEC, que necessitava de maioria qualificada.

    Válido lembrar que esse toma lá, dá cá não é uma exclusividade de Bolsonaro. Temer, Dilma, Lula e FHC também o faziam, com somas também vultosas. Essa é a tônica da política burguesa no Brasil e desse regime golpista que vem retirando direitos à rodo enquanto o governo gasta bilhões para manter sua base parlamentar.

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