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Ataque aos trabalhadores
Abaixo a MP1045 que tira férias, FGTS, 13º e vínculo trabalhista da juventude de vez
Taciana Garcia

Neste 11 de Agosto, Dia do Estudante, é necessário que a juventude, estudantes e jovens trabalhadores, estejam ombro a ombro contra os ataques de Bolsonaro, Mourão e Congresso reacionários. Eles atacam a educação e precarizam ainda mais nosso trabalho com a chamada "mini" reforma trabalhista, enquanto nós viemos demonstrando nosso repúdio a esse governo.

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Ontem, terça (10), foi aprovada no Congresso a MP 1045, a chamada "mini reforma trabalhista" por 304 votos a 133. De "mini" essa medida provisória não tem nada, pois renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores, em razão da pandemia do coronavírus. O texto aprovado na Câmara ainda prevê a contratação de jovens de 18 a 29 anos com carga horária de 22 horas semanais e salário máximo de R$550 mensais, sem vínculo trabalhista por até dois anos.

Essa MP faz parte de mais um dos vários ataques do governo Bolsonaro e do Congresso reacionário contra a classe trabalhadora, em especial a juventude trabalhadora. O alto índice de desemprego junto à precarização do trabalho contribui para o cenário em que vivem os trabalhadores hoje no Brasil, da juventude aos aposentados (com a reforma da previdência), que cada vez mais vem perdendo seus direitos básicos, inclusive de trabalhar dignamente.

Como prosseguimento de ataques como a Reforma Trabalhista, agora com a MP 1045 legalizam a contratação de jovens sem vínculo trabalhista, sem férias, FGTS e décimo terceiro. E ainda legalizam também a redução do valor da hora-extra de categorias como o telemarketing e dificultam a fiscalização do trabalho escravo. Hora-extra que já era utilizada para explorar ainda mais o trabalho.

Veja também: Denúncia: Teleperformance demite 100 trabalhadores sem aviso prévio em Parnamirim, no RN

Bolsonaro, Mourão, Câmara e Senado querem acabar com a vida da juventude, visto os ataques contra a educação que avançam desde o início do ano e que foi estopim para o início das manifestações contra o governo. Atacam o orçamento da educação, o que ameaçou até mesmo de fechar universidades públicas.

Essa é a cara da exploração capitalista, das formas como se utiliza para nos dividir, pois sabe que a nossa força unificada, entre desempregados e empregados, entre homens e mulheres, entre brancos e negros, pode botar em xeque seus lucros extraordinários em meio a uma crise econômica e social cada vez mais feroz. É preciso dar um basta e dizer que nossas vidas valem mais que o lucro deles, basta de demissões e assédio, e que os capitalistas paguem pela crise.

Nesse sentido, é necessário unificar toda a juventude, estudantes e jovens trabalhadores, contra Bolsonaro, Mourão, Congresso reacionário e os ataques. Precisamos exigir das direções burocráticas, das Centrais Sindicais, como CUT e CTB, entidades estudantis, como a UNE, dirigidas pelo PT e PCdoB, que somente tem os olhos e interesses em 2022 para eleger Lula, dividem as manifestações dos estudantes e dos trabalhadores, a construir um plano de luta efetivo por uma Greve Geral, para que sindicatos e centros acadêmicos em todo o país discutam e votem em assembleias que estudantes e trabalhadores tenham direito a voz e voto. Fazemos esse chamado também aos movimentos sociais e às organizações de esquerda, como PSTU com a CSP Conlutas, e PSOL, PCB e UP, a fazer parte dessa exigência, para dar exemplo desde os diversos Diretórios Centrais de Estudantes que estão pelo país.

 
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