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Dia Internacional dos Povos Indígenas
No dia internacional dos povos indígenas exigimos justiça pela menina kaingang assassinada no RS
Caio Reis

Nessa data que chega a menos de uma semana do brutal assassinato de uma kaingang de 14 anos no RS, exigimos justiça e lutamos contra Bolsonaro, os militares, o agronegócio assassino, sua devastação ambiental e a continuidade do legado de genocídio promovido pelas classes dominantes contra os povos originários.

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Protesto na SC 283 contra o marco Temporal. (Foto: Zigue Timm)

9 de agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas, este ano diante da calamidade que os povos indígenas brasileiros vêm sofrendo no governo de Bolsonaro e Mourão. Assasinatos, carta branca para queimadas e para o extrativismo ilegal e destrutivo, negligência diante da pandemia, PL490, PL da grilagem, ataques à instituições como a Funai e o Ibama, discurso de ódio e avanço da miséria são algumas das penúrias a que vêm sendo submetidos, no país em que o judiciário está mantendo o ativista Paulo Galo preso pelo incêndio à estátua do bandeirante Borba Gato, responsável pela escravização, estupro e assassinato de incontáveis indígenas no período colonial.

Na semana passada, na Terra Indígena do Guarita, maior reserva indígena gaúcha, no noroeste do estado, foi encontrado mutilado o corpo de uma jovem kaingang de 14 anos, Daiane Griá Sales. A violência contra as mulheres indígenas se intensifica no Brasil de Bolsonaro, mas se trata de uma brutalidade quotidiana sofrida por esses povos desde a invasão portuguesa e o período colonial. Contra impunidade típica dos crimes contra os oprimidos, banalizados pela mídia capitalista, é preciso exigir justiça por Daiane e se enfrentar com o governo e o conjunto desse regime herdeiro e continuador da escravidão, do genocídio indígena e da brutalidade machista contra as mulheres.

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Em defesa dos povos indígenas e de nossas riquezas naturais, é preciso um enfrentamento decidido contra Bolsonaro, os militares, o agronegócio e a direita, odiadores dos oprimidos e dos trabalhadores, que estão unificados em cada um dos ataques contra nós. É preciso se inspirar na combatividade dos povos indígenas que estavam nas ruas contra a PL490, enquanto, por outro lado, o PT e a esquerda (do PSOL ao PSTU) protocolavam um mais um pedido de impeachment, de mãos dadas com Kataguiri, Hasselmann e Frota.

Não podemos depositar nossa confiança em um processo de impeachment de Bolsonaro, que preservaria todos os ataques e colocaria Mourão no poder, assim como não podemos deixar nosso ódio e mobilização serem canalizados para as vias institucionais pelo projeto eleitoralista do PT e de Lula para 2022. O PT governou mais de 10 anos ao lado do agronegócio, dos militares e da direita congressista mais nojenta e racista, e traça agora os novos acordos reacionários para buscar a confiança da elite para as próximas eleições, ao passo que através das centrais sindicais CUT e CTB (dirigida por seu satélite PCdoB), mantém uma verdadeira passividade diante dos ataques sendo aprovados hoje.

Por isso, nós do Esquerda Diário e do MRT chamamos a esquerda, como PSOL e o PSTU, a construir assembleias de base em cada sindicato e entidade estudantil que dirige, para construir um Comitê Nacional pela Greve Geral e exigir que das direções burocráticas petistas encasteladas nas centrais sindicais que organizem essa luta. Uma greve geral poderia impor pela luta dos trabalhadores ao lado dos indígenas, negros, da juventude, mulheres e LGBTQIA+ a demanda de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, contra todas as instituições degeneradas do regime atual e seus ataques. Um processo assim aceleraria a experiência das massas com a democracia burguesa, mostrando através dos embates de interesses entre as classes que ela não tem nada a nos oferecer e apontando para a necessidade de impor um governo de trabalhadores, através do desenvolvimento da nossa auto-organização e para acabar com o capitalismo.

 
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