O Comitê, chamado pelo CACH a partir da chapa composta por militantes da Faísca e independentes, debateu a importância de, neste momento, cercar esse conflito de solidariedade para que não fique isolado, diante da enorme disposição dos 700 trabalhadores que cruzam os braços pelo direito ao PLR (participação nos lucros e resultados) e da intransigência da empresa, que quer proteger seus lucros.

Mesmo nas férias da Unicamp e na pandemia, os estudantes debateram que, enquanto o governo Bolsonaro e Mourão avança contra os trabalhadores, com medidas como a privatização dos Correios aprovada na Câmara, e o Judiciário demonstra seu autoritarismo mais uma vez contra Galo, precisamos nos aliar aos trabalhadores e lutadores.

Há institutos, como a Faculdade de Educação da Unicamp, que possuem parceria com a MRV, a quem a Reitoria abre as portas da universidade cada vez mais. Em defesa de uma universidade que volte seus conhecimentos para a classe trabalhadora e para o povo pobre, e não para as empresas, esse Comitê votou medidas para buscar mais apoio aos que se enfrentam contra essa empresa. É isso o que deveriam fazer todas as entidades estudantis e sindicatos diante de cada luta.

Chamamos todos os Centros Acadêmicos e o DCE da Unicamp, composto pelo PCdoB, a construir esse Comitê e a impulsionar medidas de solidariedade à greve da MRV. Nossas lutas avançam, se esses trabalhadores mostram que com sua organização é possível vencer.