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Propina na vacina
Militar e ex-assessor do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco depõe hoje na CPI da Covid
Redação

Segundo Luiz Paulo Dominghetti Pereira, Blanco participou do jantar em que Roberto Ferreira Dias teria pedido propina de 1 dólar por dose para fechar contrato com a Davati de 400 milhões de doses de AstraZeneca vendidas ao Ministério da Saúde.

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O tenente-coronel Marcelo Blanco foi assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, e responsável por apresentar o policial militar e vendedor Luiz Paulo Dominghetti Pereira, da Davati Medical Supply, ao ex-diretor de Logística da Saúde Roberto Ferreira Dias.

Segundo Dominghetti, Blanco participou do jantar no dia 25 de fevereiro, em Brasília, em que Dias exigiu do vendedor o pagamento da propina de US$ 1 adicional por dose para poder fechar o contrato com a Davati envolvendo o fornecimento de 400 milhões de doses da AstraZeneca ao Ministério da Saúde. Roberto Dias também afirmou que o tenente-coronel estava no jantar, enquanto que Blanco nega seu envolvimento no esquema.

Em maio de 2020, Blanco assumiu o cargo de assessor no Ministério da Saúde, que tinha como ministro na época Nelson Teich. Mas a indicação para o cargo foi de Eduardo Pazuello, que era titular da pasta na época que tinha como objetivo aumentar a influência dos militares no governo e dentro da pasta.

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Blanco foi exonerado em janeiro deste ano, e apenas 3 dias antes do encontro com Dias e Dominghetti, ele abriu a empresa Valorem Consultoria em Gestão Empresarial, para intermediação de negócios e assessoria técnica. Além disso, Blanco acrescentou atividades ligadas ao mercado da saúde nas atividades de sua nova empresa, apenas 20 dias depois do encontro.

Protegido por um habeas corpus concedido em julho pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pode ficar calado nas situações que possam incriminá-lo, mas deve responder às demais perguntas dos senadores na CPI.

Essa tentativa de corrupção foi mais uma demonstração do nível absurdo a que chega o envolvimento dos militares no governo Bolsonaro e Mourão, levando também em consideração que o titular da pasta na época era Pazuello.

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