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Bolsonarismo nas ruas
É a luta dos trabalhadores que pode barrar o autoritarismo de Bolsonaro e seus seguidores
Cássia Silva

Neste domingo (1), bolsonaristas foram às ruas em algumas cidades do país em atos a favor do voto impresso, com claro tom golpista. Vestindo verde e amarelo, carregavam também faixas com pedidos de destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Foto: Reprodução/Paulo Emilio

Bolsonaro agita suas bases golpistas para buscar mostrar apoio a seu governo diante das últimas pesquisas eleitorais e do aumento do índice de rejeição. Não são grandes manifestações, em comparação às manifestações contrárias ao governo. Vocifera pelo voto impresso como provocação às outras alas do governo e para tentar manter os ânimos de sua base de extrema-direita, frente à corrida eleitoral.

O que não podemos esquecer é que Bolsonaro é fruto desse regime político apodrecido, que estabiliza e acirra suas disputas internas, mas que está unificado para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos, com as reformas e privatizações. Foi esse regime sustentado e manipulado pelo Judiciário, pelo Centrão, que manobrou o que pode para sequestrar o direito da população decidir em quem votar em 2018, o que resultou na eleição de Bolsonaro.

E é por isso que não podemos confiar em nenhuma ala desse regime, somente a luta dos trabalhadores é que pode barrar o autoritarismo de Bolsonaro e seus seguidores. O Congresso volta de suas férias, consequentemente a CPI da Covid, o que por um lado acelera a aprovação das reformas e privatizações, e, por outro, alenta ilusões em saídas institucionais, para uma estratégia de desgaste de Bolsonaro rumo às eleições de 2022. Os senadores da CPI da Covid, os deputados do Centrão, estão unificados com Bolsonaro para passar os ataques.

Para cortar as asinhas do bolsonarismo, é necessário que apostemos nos métodos de luta da classe trabalhadora, em unidade com os setores oprimidos, de forma independente de qualquer ala do regime, com um plano de luta consequente em cada local de trabalho e estudo. Nesse sentido, é preciso exigir das centrais sindicais, como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, que organizem os trabalhadores, assim como da UNE (União Nacional dos Estudantes) para organizar os estudantes, com assembleias de base, em que cada trabalhador e estudante tenha direito a voz e voto, porque só com a nossa auto-organização é que poderemos dar uma forte batalha contra o autoritarismo e botar abaixo todos os ataques. Chega de descompressão do nosso descontentamento, demonstrado nas ruas, para construir a eleição de Lula em 2022, que já disse que seguirá com os planos de privatizações e que fortalecerá os militares. Nos anos de governo do PT, o próprio Lula reivindica ter enchido os bolsos dos banqueiros, e também vimos bilionários cortes de Dilma à educação.

Não barraremos o bolsonarismo e a extrema direita em aliança com a direita que soma aos atos, como o PSDB, com o apoio do PT, sendo inclusive reivindicado por setores da esquerda, como PSOL, PSTU e PCB, abrindo espaço a quem está aliado com Bolsonaro para nos atacar. Por isso fazemos um chamado às organizações de esquerda e movimentos sociais, a conformar um polo pela exigência de um plano de luta consequente contra os ataques em curso, como forma de preparar uma greve geral. E é nesse sentido, que colocamos a necessidade de uma nova Constituinte Livre e Soberana, imposta pela nossa luta, em que os trabalhadores e o povo pobre possam decidir os rumos do país, revogar cada reforma, determinar que os juízes sejam eleitos e revogáveis, que todo político ganhe como uma professora para acabar com os privilégios.

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