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DADOS QUE DESAGRADAM
Para ocultar desemprego crônico, Guedes ataca IBGE: "na idade da pedra lascada"
Redação

De acordo com a nova pesquisa realizada mensalmente pelo IBGE (Pnad Contínua), o desemprego crônico perto dos 15 milhões se mantém, fato que desagrada o ministro bolsonarista.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A manutenção da enorme taxa de 15 milhões de desempregados incomodou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Disposto a deformar e ocultar os dados que indicam o impacto das reformas neoliberais que defende e da demissão massiva estimulada pelo seu governo durante a pandemia, o banqueiro resolveu criticar os resultados da pesquisa do IBGE, a Pnad-Contínua.

De acordo com a nova pesquisa realizada mensalmente pelo IBGE (Pnad Contínua), o desemprego crônico perto dos 15 milhões se mantém, fato que desagrada o ministro bolsonarista. "Vamos ter que rever, acelerar os procedimentos do IBGE, porque o IBGE ainda está na idade da pedra lascada", afirmou o ministro.

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Na verdade, a própria pesquisa do IBGE faz uma separação artificial entre desempregados e desalentados - aqueles que após meses ou anos de negação ao direito ao trabalho digno, acabam por desistir da procura de um emprego. No Brasil, aproximadamente metade da população economicamente ativa está sem trabalho, somando desempregados e desalentados.

Contudo, as críticas do ministro têm por objetivo atacar o IBGE porque mesmo com a separação artificial entre desemprego e desalento, os dados mostram a tragédia que significa o governo Bolsonaro e este regime político para as condições de vida e trabalho.

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Paulo Guedes saiu em defesa dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para afirmar que o Brasil está criando empregos “muito rapidamente”. Uma mentira descarada para proteger o governo que aprovou diversos ataques contra os trabalhadores em meio a própria pandemia e facilitou as demissões em massa.

"Estamos gerando praticamente 1 milhão de empregos a cada três meses e meio", mentiu, durante entrevista depois de participar de um evento na sede do Ministério da Economia no Rio de Janeiro, que lançou um aplicativo para entregar propriedades públicas nas mãos da especulação imobiliária.

Paulo Guedes segue um raciocínio matemático próximo ao de Jair Bolsonaro. Caso os dados de 1 milhão de empregos sejam reais, desconsidera completamente as demissões em massa que ocorreram e continuam a ocorrer pelo Brasil.

O Caged abarca apenas o mercado formal de trabalho, enquanto a pesquisa do IBGE abrange também os trabalhadores informais. O aumento da fome, que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, a inflação maior para os mais pobres, a busca por pedaços de arroz e feijão, mostram uma realidade econômica inversa da visão mentirosa de Paulo Guedes.

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