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Maioria é no sul e sudeste
Células neonazistas crescem de 334 para 530 em 2 anos de governo Bolsonaro, diz antropóloga
Júlio Dandão

A antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, pesquisadora do tema há anos, identificou no Brasil 530 células neonazistas. O número indica crescimento expressivo, já que em 2019 a mesma pesquisadora havia identificado 334 células ativas. Coincidência? Não, Bolsonaro virou presidente.

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Foto: Reprodução

Após Bolsonaro se encontrar com a neta do ministro de finanças de ninguém menos que Adolf Hitler, a internet foi tomada por denúncias das relações entre o nazismo e o presidente do Brasil. Adriana Dias, antropóloga que pesquisa o neonazismo no país há mais de 20 anos, chegou a vasculhar seu arquivo pessoal e encontrar uma carta de Bolsonaro, de 2004, endereçada a sites neonazis da época.

O mais novo número referente ao assunto é a quantidade de células neonazistas existentes no país. O critério para considerar uma célula como tal é ao menor 3 pessoas se reunirem de alguma forma para difundir as atrocidades nazistas, a visão de mundo de Hitler, algum tipo de ideologia de supremacia, etc. Sabemos que há mais do que 540 nazistas no país, a questão aqui é identificar algum nível de organização desses seres.

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Surpreendendo um total de zero pessoas, esses grupos neonazistas se multiplicaram nos últimos anos em que Bolsonaro esteve no poder. Em 2019, ano da posse de Jair, havia 334 células no país. Agora Adriana identificou 530, 196 células a mais do que antes. Talvez haja ainda mais, fora do radar da campineira. A reportagem também não conseguiu apurar se a célula que hoje habita o palácio da esplanada foi somada ao número geral de Adriana.

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Em 2019, Dias dizia que esses 334 grupos reuniam entre 4 a 5 mil pessoas. Hoje deve ser bem mais, já que o bolsonarismo e o nazismo parecem ter um caso de amor.

A maior parte desses grupos nazistas se concentram na região sul (301) e sudeste (193). No centro-oeste Dias identificou 18 células e no nordeste 13.

 
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