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Privatização da Petrobrás
Petrobrás vende Gaspetro aumentando o domínio da shell e suas parceiras do agronegócio
Redação

Na quarta-feira (28) a Petrobrás assinou o contrato de venda da totalidade de sua participação na Gaspetro (51%), no valor de R$2,03 bi. A empresa Compass, controlada pela gigante do agronegócio e parceira da Shell, a COSAN, é mais um passo no controle cada vez maior do mercado de combustíveis e energia nacional por parte de grandes empresas imperialistas.

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Foto: Geraldo Kosinski / Agência O Globo

A Petrobras Gás S.A - Gaspetro foi criada em 1998 e participa em sociedades que atuam nas áreas relacionadas ao comércio e distribuição de gás natural no país. Atualmente detém ativos de 19 empresas distribuidoras, controlando 10 mil km de rede de distribuição, atendendo mais de 500 mil clientes com um volume distribuído de 29 milhões de metros cúbicos por dia.

A Compass, que comprou as ações da Gaspetro, empresa criada pela COSAN em 2020 para atuar no segmento de gás e energia, tem entre seus objetivos corporativos a participação na aquisição e controle de empresas estatais que atuam nesses setores como um braço cada vez mais forte do agronegócio e da imperialista Shell, grande parceira da COSAN. A Compass já controla a Comgás e com a aquisição aumenta ainda mais sua fatia no mercado de gás de cozinha.

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A COSAN, um conglomerado empresarial do agronegócio que atua desde a produção de cana-de-açúcar, passando pela distribuição de combustíveis, lubrificantes e com forte peso na logística se fortalece na corrida pelo controle privado do mercado energético do país e diretamente fortalece sua parceira imperialista a Shell com a qual compartilha parte importante da venda e distribuição de combustíveis líquidos no país.

A Shell por sua vez, se fundiu com a COSAN em 2011 criando o grupo Raízen que opera no varejo e distribuição de gasolina, álcool e diesel, sendo hoje a quarta maior empresa do país e a maior produtora de Etanol em solo brasileiro. Além disso, a Shell tem comprado e participado de leilões de plataformas e poços de petróleo no país, sendo hoje a maior produtora privada de petróleo no país.

Com essa aquisição a Shell, passa a aumentar sua influência no mercado de gás de cozinha através de sua parceria com a COSAN. Essa parceria é parte da corrida do agronegócio e seus parceiros imperialistas pelo controle do mercado de energia do país que tem sofrido um verdadeiro saque de suas riquezas com as privatizações. O cada vez maior controle do insumo estratégico que é a energia e os combustíveis por parte de grandes companhias imperialistas demonstra a falácia do discurso "anti-monopólico" que buscava justificar a abertura do capital da Petrobrás e sua consequente privatização.

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Troca-se o monopólio estatal pelo monopólio privado de grandes empresas estrangeiras que através das privatizações de plataformas e extração, poços de petróleo, refinarias e todo aparato infra estrutural, passa a controlar de acordo com seus interesses de rapina o mercado nacional do oitavo maior produtor de petróleo do mundo.

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