Imagem: Agência Brasil
A Defensoria Pública de São Paulo apresentou recurso de apelação que pede a anulação da sentença que absolveu os policiais militares Danilo de Freitas Silva, o policial acusado de estupro, e Anderson Silva da Conceição, que dirigia a viatura.
O juiz militar Ronaldo João Ruth, ao final do julgamento, declarou que “não ficou provado que teve conjunção carnal contra a vítima, nem violência ou grave ameaça na prática de sexo oral”. Para o militar, a sentença se justifica já que a mulher não tentou pedir ajuda nem impedir o ato e que a existência de uma arma de fogo não foi suficiente para caracterizar uma grave ameaça ou para gerar temor considerável na vítima, capaz de minar sua capacidade de resistência.
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O policial Danilo de Freitas admitiu a prática de sexo oral, mas alegou ter sido consensual. O IML, entretanto, disse que a vítima apresentou sinais de lesões corporais que podem ser compatíveis com ato sexual recente.
Os dois policiais militares, inocentados por outros militares, são mais um exemplo da impunidade da polícia militar por seus crimes hediondos e criminosos. Mais uma vítima sofre da misoginia do sistema que serve aos capitalistas e da mesma polícia que assassina jovens trabalhadores todos os dias.
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