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Antirracismo
Estátua do reacionário bandeirante Borba Gato é incendiada
Redação
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Uma estátua do bandeirante Manuel de Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, foi incendiada no começo da tarde deste sábado (24).

Vídeos publicados em redes sociais mostram vários pneus interditando a avenida Santo Amaro enquanto a estátua estava em chamas.

O monumento foi inaugurado em 1957 e já foi alvo de outros atos de protesto. Em setembro de 2016, a estátua do bandeirante foi pintada com tintas coloridas, assim como o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera.

Borba Gato fez parte de um grupo que fazia incursões no interior do Brasil e perseguia povos indígenas no período colonial. Figuras típicas do Brasil colonial, diretamente responsáveis pelas incursões "do homem branco" pelos confins então desconhecidos do Brasil, os bandeirantes acabaram elevados ao panteão dos heróis pela burguesia — sobretudo pela burguesia paulista —, em um movimento iniciado no fim do século XIX, incorporado aos discursos das comemorações do primeiro centenário da Independência, em 1922, reforçado na "Revolução Constitucionalista" de 1932 (que não teve nada de revolução, e hoje é só lembrada pelo feriado) e consolidado nas celebrações do Quarto Centenário de São Paulo, em 1954.

O repúdio às estátuas dos reacionários bandeirantes pode ser inscrito dentro do movimento internacional de quebra de ícones e estátuas racistas e xenófobas de personalidades coloniais, que se espalhou pelo mundo depois do assassinato de George Floyd pela polícia dos Estados Unidos, em 2020.

 
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