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24J
Que as centrais sindicais e a UNE convoquem assembleias de base para organizar nossa luta
Taciana Garcia

No próximo sábado, 24 de julho, estão marcadas novas manifestações contra o governo. Em meio à crise política, as centrais sindicais e a UNE precisam construir esses atos com assembleias nos locais de trabalho e estudo e organizar um plano de lutas, rumo a uma greve geral.

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Conforme a crise se aprofunda, ja são mais de 540 mil mortos por COVID, a maioria deles negros e pobres, a insegurança alimentar, a falta de saneamento básico, os baixos salários e trabalhos precários impõem para os trabalhadores a crise de forma muito profunda.

Os índices de desaprovação do governo Bolsonaro aumentaram a partir das informações de seu envolvimento e de militares em casos de corrupção e superfaturamento de vacinas contra o COVID-19. Isso enquanto se constrói através da CPI uma suposta oposição contra Bolsonaro, que buscar alçar algum espaço nas eleições de 2022, para serem eles a aplicarem mais ataques contra a nossa classe, como já fizeram inúmeras vezes desde o golpe institucional de 2016, como as reformas trabalhista e da previdência, a lei do Teto de gastos, ou as que tramitam ainda na Câmara, as reformas administrativa e tributária.

O que esses setores chamam de reforma, na verdade são ataques diretos à classe trabalhadora, as condições de vida da população de conjunto. O que vemos na verdade é a inflação do preço dos itens básicos para nossa sobrevivência, como o gás de cozinha, ou a cesta básica, a luz que só aumenta, isso tudo junto a mais de 540 mil mortos por COVID-19, mais de metade da população na insegurança alimentar, recordes de desemprego.

A insatisfação com a situação do país se expressou nos últimos atos de rua, que poderiam ter sido potencializados se tivessem sido construídos com organização de base, com assembleias nos locais de trabalho e estudo. Isso porque o legítimo sentimento anti-Bolsonaro não pode ser canalizado na armadilha do impeachment, que nas mãos de Arthur Lira é o pedido para que o racista e reacionário Mourão chegue à presidência, muito menos a CPI dirigida pelos atores de muitos ataques à nossa classe, que busca somente salvar o regime de sua responsabilidade pela situação da pandemia.

A saída só se dará através da organização de trabalhadores e da juventude, em assembleias de base que precisam ser convocadas pelas centrais sindicais (como a CUT/PT ou a CTB/PCdoB), que, ao contrário de como agem hoje, deveriam estar organizando essa luta por uma saída dos trabalhadores. Assim como a UNE (PCdoB, PT, Levante), deveria estar organizando assembleias em todas as universidades que dirigem, mas na verdade realizaram um congresso extraordinário e burocrático, somente para referendar a atual direção.

Veja mais: CONUNE: Não compactuamos com uma plenária final onde os estudantes não têm voz e voto

Essas burocracias sindicais e estudantis têm cumprido o criminoso papel de desorganizar estudantes e trabalhadores, propondo atos em dias diferentes para dividir a força e as demandas dos trabalhadores e estudantes, e sem nenhuma assembleia de base. Nesse sentido, a esquerda de conjunto precisa se unir em um polo antiburocrático que exija que os sindicatos e entidades estudantis se movam e convoquem uma paralisação nacional.

Uma organização desde a base que dê voz e voto aos trabalhadores e estudantes pode potencializar os atos do dia 24J. Também é através da organização das bases que se pode construir um plano de lutas rumo a uma greve geral para parar o país e enfrentar Bolsonaro, Mourão e todo o regime.

Vem com a gente: Pelo Fora Bolsonaro e Mourão, vem com a Faísca e Esquerda Diário nos atos do 24J pelo país

 
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