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Preço dos alimentos
Aumento absurdo dos alimentos básicos leva brasileiro à miséria. Pelo imediato congelamento dos preços!
Taciana Garcia

Os dados são assustadores, o brasileiro gasta em média mais da metade do salário mínimo para comprar a cesta básica, isso junto ao desemprego, à precarização do trabalho, ao aumento dos preços do gás de cozinha e na conta de luz, levou a que 113 bilhões de pessoas se encontrem em vulnerabilidade alimentar.

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O mês de maio fechou com 0,83% de inflação, a maior taxa para o mês em 25 anos. O aumento da inflação nos últimos meses fez saltar o preço dos alimentos, como da carne em 38%, o arroz em 56,57% e o óleo de soja em 82,34%. O poder de compra da população diminuiu e muito sob a gestão de Bolsonaro, o valor da cesta básica aumentou em 32,56%, dados de março deste ano.

Veja mais: A fome bate na porta dos trabalhadores: cesta básica fica 33% mais cara sob Bolsonaro

A insegurança alimentar aliada à pandemia do novo coronavírus, que atinge com mais força os que têm um sistema imunológico mais fraco, ilustra claramente que o vírus não é nada democrático, e atinge a população mais pobre de forma mais feroz, pois são os que padecem de má alimentação e más condições sanitárias, situação que só vem se agravando desde o golpe institucional, com o governo de Bolsonaro e suas medidas criminosas em meio à crise.

Isso enquanto o agronegócio segue lucrando e só em 2020 teve um aumento de 5,7% de lucro, com uma receita de 85 bilhões de dólares (informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Isso enquanto o 1% da população mais rica do país concentra quase 50% de toda a riqueza do país, em base a pesquisa deste ano do banco Credit Suisse.

Veja também: 1% tem metade da riqueza enquanto maioria sofre com fome e Covid: capitalismo tem que acabar

Fica explícito como o capitalismo se articula e concentra a riqueza nas mãos de poucos em detrimento da miséria de muitos. A essa lógica que segue o reacionário Bolsonaro e seu vice racista Mourão, mas a essa lógica também servem os que se dizem oposição ao governo, como Doria, o centrão e os entusiastas da CPI da Covid, como fica claro na aprovação de ataques como a reforma da previdência, as MPs emergenciais da pandemia, os ataques à CLT, a reforma administrativa que tramita na Câmara, e todas as medidas que em nome da economia pioraram e muito a vida do brasileiro.

Diante de um auxílio emergencial que não cobre nem o valor de uma cesta básica, com o aumento do desemprego e da fome exigir o congelamento do preço dos alimentos é uma medida emergencial diante da crise. Não pode ser a população mais pobre a pagar pelos lucros de grandes empresários e privilégios da casta política.

Exigir o congelamento do preço dos alimentos aliados a um auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo são bandeiras que deveriam ser parte das pautas de todos os sindicatos, e que não serão conquistadas através da CPI ou do impeachment.

É necessário que, apoiadas na disposição de luta dos trabalhadores e da juventude expressos nos últimos atos pelo país, as centrais sindicais (como a CUT e CTB) organizem um plano de luta rumo a um greve geral que imponha não só melhores condições de alimentação e moradia, mas derrube Bolsonaro, Mourão e todo o regime do golpe.

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